Governo Regional já investiu "mais de cem milhões de euros" na saúde mental desde 2015
Pedro Ramos diz que próximo objectivo é criar comunidades terapêuticas para evitar reinternamentos nas 'Casas de Saúde'
"Desde que o presidente do Governo, Miguel Albuquerque, tomou posse que mais de cem milhões de euros – no que diz respeito às diárias e aos apoios para saúde mental aqui na Região Autónoma da Madeira – têm sido concretizados", revelou Pedro Ramos. O secretário regional da Saúde e Protecção Civil falava durante uma visita, realizada esta tarde, às instalações da Unidade de Alcoologia São Ricardo Pampuri, na Casa de Saúde São João de Deus.
Na ocasião, o governante relevou o reforço do apoio à estadia dos utentes nas instituições de saúde mental da Região, precisando que a diária de internamento na Casa de Saúde São João de Deus "passou de 39,4 euros em 2015 para 52,18 euros em 2023".
Relativamente à unidade hoje visitada foi assinada uma adenda ao contrato programa, o qual permite a actualização da diária dos utentes em tratamento para o valor de 75 euros. Refira-se que a Unidade S. Ricardo Pampuri funciona desde Novembro de 1979 e é actualmente a única unidade específica para o tratamento de pessoas com Problemas Ligados ao Álcool (PLA’s) na Região Autónoma da Madeira.
No Centro de Reabilitação Psicopedagógico da Sagrada Família a diário corresponde a 88.2 euros.
“Tudo isso revela investimento do Governo Regional na saúde mental, porque entendemos que não há saúde sem saúde mental e por isso vamos continuar”, sublinhou Pedro Ranos.
O secretário regional relevou ainda outros projectos, que têm, a seu ver, "permitido uma abordagem mais consciente" da saúde mental na Madeira, referindo-se à Estratégia Regional para a Saúde Mental apresentada 2019, à criação das equipas concelhias, (sete das quais já em funcionamento), o reforço dos recursos humanos nesta área e ainda a presença do psiquiatra no serviço de urgência 24 horas.
O próximo objectivo, avançou, é "criar as chamadas comunidades terapêuticas, para que não haja um hiato desde o internamento, ou após o internamento e a readmissão na vida activa".
"Falta, de facto, um período de transição que às vezes pode ser ainda prolongado", reconheceu Pedro Ramos, argumentando que esta medida "poderá, com o devido acompanhamento, evitar reinternamentos nas Casas de Saúde".