Manutenção do teleférico dos Canhas custa 53 mil euros à Câmara da Ponta do Sol
A verba destina-se a assegurar a manutenção pelo período de dois anos
Foi assinado, na passada quarta-feira, o contrato de prestação de serviços com vista à manutenção, pelo período de dois anos, do teleférico do Bacelo, nos Canhas.
Para garantir a operacionalidade deste meio de transporte de apoio aos agricultores que têm terrenos na zona sobranceira à marginal da Madalena do Mar, a Câmara da Ponta do Sol vai ter de desembolsar pouco mais de 53 mil euros (53.454,20 euros).
Os trabalhos serão assegurados por uma empresa com sede em Machico, a Tecnicaf, Unipessoal Lda, tendo esta à sua responsabilidade, entre outros aspectos, a elaboração e execução do plano de manutenção preventiva anual e os trabalhos de manutenção semestral e anual. Durante o prazo de execução do contrato, a empresa fica, igualmente, responsável pela reparação de avarias que possam surgir (com um plafond de 100 horas).
Neste momento, o teleférico apenas está certificado para o transporte de mercadorias, sendo uma aspiração antiga a sua regularização para o transporte de pessoas.
Pese embora esta condicionante, este contrato agora firmado “visa assegurar a segurança e operacionalidade do transporte público de passageiros, a continuidade e correcta manutenção do mesmo”, conforme podemos ler no caderno de encargos.
Ainda no passado mês de Julho, o presidente da Junta de Freguesia dos Canhas, João Norberto Pita, por altura das comemorações de mais um aniversário da localidade, lamentava, ao DIÁRIO, que o teleférico tardasse em estar homologado, incluía a agilização desse processo na lista de reivindicações a apresentar à autarquia liderada por Célia Pessegueiro.
Em 2021, por altura das Eleições Autárquicas, a socialista apresentava nas suas propostas a adaptação deste teleférico para o transporte de pessoas. Em Agosto desse ano, a edil e candidata a mais um mandato falava de “um investimento inicial de 40 mil euros para a certificação” do equipamento, que “vai estar pronto para transportar pessoas já durante o mês de Setembro [de 2021]”. O certo é que, passados dois anos, a situação mantém-se na mesma.