Recentemente, fomos testemunhas de um ataque informático lamentável que teve como alvo o SESARAM, uma entidade pública crucial para todos nós.

O ciberataque que resultou na inoperacionalidade do Serviço Regional de Saúde foi indubitavelmente um acontecimento que sublinhou as vulnerabilidades do mundo digital. No entanto, na minha opinião, é imperativo considerarmos o panorama global. A crescente sofisticação dos cibercriminosos tornou-se num desafio universal, afetando organizações tanto públicas (ex. outros hospitais portugueses) como privadas (ex. SIC, EXPRESSO, VODAFONE, etc) em Portugal e em todo o mundo. Neste contexto, a questão não é se ocorrerá um ataque, mas sim quando acontecerá.

O verdadeiro teste para uma organização não reside apenas nas suas defesas imediatas, mas também na capacidade de resposta quando confrontada com adversidades. A reação do SESARAM ao ataque demonstrou um compromisso inabalável em proteger os dados e serviços que lhe foram confiados. Ao adotar, dentro das capacidades disponíveis, medidas rápidas para mitigar os danos, restaurar a funcionalidade e comunicar de forma transparente com o público, o SESARAM revelou uma abordagem responsável e honesta.

Além disso, é importante lembrar que, por trás das fachadas digitais, existem equipas dedicadas de profissionais que trabalham incansavelmente para manter as operações em funcionamento. Este ataque informático não só realça a necessidade de vigilância constante, como também a importância de valorizar e apoiar os esforços destes profissionais.

A resposta ao ataque também enfatizou a importância das parcerias e da colaboração. À medida que enfrentamos uma ameaça cibernética cada vez mais complexa, a partilha de informações e das melhores práticas entre entidades públicas, privadas e organismos de segurança torna-se fundamental. Este ataque informático sublinha a necessidade de união face a um inimigo comum e recorda-nos que estamos todos no mesmo barco.

Em vez de nos concentrarmos nas fraquezas momentâneas, como têm feito os partidos da oposição ao Governo Regional, devemos, na minha opinião, enaltecer a capacidade do SESARAM em aprender com esta situação e reforçar as suas defesas para o futuro. O ataque informático serve como um impulso para melhorias contínuas, incentivando a evolução das políticas de segurança, sistemas de deteção e resposta, bem como a sensibilização geral para a cibersegurança.

Portanto, é nosso dever apoiar publicamente o SESARAM. Valorizemos a sua resiliência, firmeza e responsabilidade na gestão deste ataque informático. Ao fazê-lo, reforçamos a mensagem de que, apesar das adversidades digitais, permanecemos unidos e comprometidos em garantir um ambiente online seguro e funcional para todos. Afinal o ataque veio de fora, cabemos aprender e defender o que é nosso!

Mónica Correia