Madeira

Cosmos preocupada com "anarquia urbanística" em Câmara de Lobos

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Foto Arquivo

A Associação de Defesa do Ambiente e da Qualidade de Vida - COSMOS - diz-se preocupada com o que chama de "anarquia urbanística" que "lavra no concelho de Câmara de Lobos".

Em comunicado assinado pelo seu presidente da direcção, aquela associação sustenta que essa anarquia é "fomentada, curiosamente, pela própria autarquia".

Dionísio Andrade aponta que este concelho está a seguir "o mesmo modelo do desordenamento e descaracterização urbanística que afectou o Caniço", nas décadas de 80 e 90 do século passado, em parte porque não está a "resistir à actual pressão urbanística", o que conduz à construção "de edifícios de grande dimensão no meio de poios e latadas de vinha". 

No mesmo comunicado, aquele responsável diz ser mais preocupante "os custos astronómicos com o saneamento básico, comunicações, e com redes viárias não preparadas para este género de edificações dispersas, 'plantadas' conforme o gosto de cada um e sem qualquer planeamento urbanístico". 

Mas, diz, o problema não é exclusivo de Câmara de Lobos, já que "observamos, por toda a ilha, a construção de enormes 'casarões' em ambiente rural, cujos lotes são absorvidos na sua totalidade por estas moradias milionárias, completamente impermeabilizados, onde não nasce uma árvore, uma planta nem um quadrado de relva", justifica.

Na mira da COSMOS está, também, o "caríssimo e inútil túnel entre o Curral das Freiras e a zona alta do Estreito de Câmara de Lobos", que Dionísio Andrade caracteriza de "intenção irracional e o capricho eleitoral do Governo Regional e da Câmara Municipal de Câmara de Lobos", com o objectivo de alimentar o que diz ser o "poderosíssimo lobby do betão".