Jovens emigrantes e lusodescendentes têm sido "marginalizados pelo Estado", afirma Carlos Fernandes
“É lamentável que, mais uma vez, o Governo da República venha a público enganar os Portugueses, ofendendo e desrespeitando, deliberadamente, aqueles que regressam às Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores e que continuam excluídos dos apoios nacionais a que têm direito”, afirma o Presidente do Núcleo dos Emigrantes do PSD/Madeira, Carlos Fernandes, reagindo, desta forma, às declarações ontem proferidas pelo Secretário de Estado do Trabalho e do Desporto, que garantiu que Portugal estava com as "portas escancaradas" para acolher jovens emigrantes e lusodescendentes, ao abrigo do Programa Regressar.
“Além de mentir, esta é uma ofensa grave a todos os que continuam privados dos apoios que constam deste Programa e que, regressando à Madeira ou aos Açores, têm sido marginalizados pelo Estado”, sublinha Carlos Fernandes.
O social-democrata sublinha que "o Governo da República devia saber que Portugal não começa nem acaba no retângulo continental” e que "a discriminação que tem vindo a promover, para prejuízo de milhares de emigrantes, não é aceitável nem tampouco justificável”.
Carlos Fernandes recorda ainda que "o PSD/Madeira já alertou, por diversas vezes, para esta situação e que, inclusive, "apresentou propostas no sentido de que esta grave discriminação viesse a ser ultrapassada, propostas essas que o PS não quis aprovar, deixando claro que o Estado não está apenas de costas voltadas para as suas Regiões Autónomas mas, também, para a sua Diáspora, excluindo-a de apoios fundamentais a que tem direito".