ADN diz ser "inadmissível" que SESARAM tenha suspendido toda actividade clínica não urgente
O ADN considera "inadmissível" que o Serviço Regional de Saúde (SESARAM) tenha suspendido toda a actividade clínica não urgente durante o dia de hoje, nomeadamente consultas, cirurgias programadas e análises clínicas e meios complementares de diagnóstico, "relegando a Saúde da Madeira para a idade da Pedra", refere o candidato do partido ADN às eleições regionais da Madeira, Miguel Pita, através de uma nota dirigida à imprensa.
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Numa altura em que estamos prestes a ter o poder de decidir sobre o futuro da Região e do próprio Governo e existem cerca de 18 mil cirurgias, 30 mil consultas e 16 mil exames médicos em 'listas de espera', questiono o seguinte: a quem favorece este alegado ciberataque que teve como único objectivo de causar danos e de perturbar o normal funcionamento do Serviço Regional de Saúde da Região Autónoma da Madeira, inclusive obrigou a suspender toda a actividade clinica durante o dia de hoje, segunda-feira, tal como está mencionado no comunicado do SESARAM e que pode fazer desaparecer, pelo menos, até ao próximo dia 24 de Setembro, dados inconvenientes para o Governo e que provam a má gestão ao nível da Saúde da Madeira?". Miguel Pita
"O ADN é o único partido que tem vindo a alertar para os perigos que resultam de a possibilidade da tecnologia informática ou a inteligência artificial poderem controlar todos os aspectos das nossas vidas. Nem podemos aceitar que a nossa Saúde fique dependente de sistemas informáticos, nem que quem tenha o domínio dessa tecnologia possa controlar o nosso dinheiro ou decidir como e onde o podemos gastar. Hoje em dia os sistemas informáticos podem ser usados por criminosos, para roubarem dinheiro ou informações, ou por Governos, como já está acontece noutros países, para restringirem liberdades, direitos e garantias individuais dos cidadãos", acrescenta.
Miguel Pita também considera "inadmissível a incompetência demonstrada pela direcção do SESARAM que, pelos vistos, não faz cópias de segurança dos ficheiros ou do próprio sistema informático, bem como do Governo Regional, que é o maior responsável pelo que se passa no Serviço Regional de Saúde da Madeira".
"Infelizmente os madeirenses e porto-santenses já estão habituados a viver enormes dificuldades sempre que necessitam de cuidados médicos ou hospitalares. Ainda assim, questiono qual a lógica do SESARAM recusar atender utentes devido a uma falha do sistema informático, será que deixámos de ter médicos e passámos a ser observados por informáticos, quando conseguimos 'ganhar a lotaria' e ter direito a uma consulta médica?”, concluiu.