RIR acusa Governo de "vender os cuidados dos nossos idosos a privados"
Partido defende reabilitação do Hospital Dr. Nélio Mendonça como "estrutura de retaguarda para as situações de altas problemáticas"
"Sendo o envelhecimento da população expectável há anos, é inadmissível que se continue a não apostar nessa área", manifestou hoje a mandataria eleitoral Partido Reagir Incluir Reciclar (R.I.R.), Liana Reis.
Isto é uma chamada de atenção, um alerta para a Madeira e Portugal Continental… estamos a ficar velhos e o nosso futuro é bem cinzento, infelizmente. Continuam a não apostar em estruturas residenciais para pessoas idosas (ERPI), faltam centros de dia, centros adaptados às situações de demência e mais apoios às famílias. O estatuto do cuidador informal na sociedade actual, não permite que nos dediquemos exclusivamente a cuidar do nosso familiar. Além das despesas com o familiar, existem contas para pagar, comida e bens consumíveis para comprar. Os cuidados de apoio domiciliários existem e bem, mas também eles com muitas lacunas, nomeadamente na falta de pessoal, que seria no nosso entender uma mais valia reforçar as mesmas no sentido de criar equipas de apoio ao domicílio de forma a aliviar a sobrecarga dos cuidadores.
No que se refere à "falta de estruturas residenciais para pessoas idosa" nota que "o que assistimos atualmente é a concessão da gestão de lares públicos ao privado", apontando como exemplo o Estabelecimento Bela Vista.
"Para o Partido RIR esta situação é inadmissível, pois estamos a vender os cuidados dos nossos idosos a privados e desta forma estamos a assistir ao crescimento de um monopólio na área da terceira idade", argumenta Liana Reis.
Por outro lado, o RIR considera que "uma das soluções seria aproveitar o edifício do atual Hospital Dr. Nélio Mendonça aquando da abertura no novo hospital e reabilitá-lo de forma a funcionar como hospital ou estrutura de retaguarda para as situações de altas problemáticas, aliviando deste modo os serviços, bem como os tempos de espera para internamento em lar".
"Infelizmente, no nosso ponto de vista, o Governo vê o mesmo como forma de amortização de dívida. O Partido RIR entende ser mais importante dar qualidade de vida aos nossos idosos em situação de alta problemática e acelerar os cuidados de saúde hospitalares, que estão comprometidos face a este aumento real de idosos que não têm condições de regressar as suas casas. O pagamento de dívidas é sempre passível de negociação, a qualidade de vida e o acesso à saúde não", conclui.