Mundo

Moçambique e Gana querem África com assento permanente no Conselho de Segurança da ONU

None

Os governos de Moçambique e do Gana defenderam ontem reformas no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), reiterando que África precisa de ter um membro permanente neste órgão.

Os dois países, que estão atualmente entre os membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU, manifestaram esta posição durante uma reunião da Comissão Mista Moçambique-Gana, realizada em Maputo, com a presença do vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Integração Regional do Gana, Kwaku Ampratwum Sarpong.

"Estamos a trabalhar juntos em uma nota dominante para implementar reformas no Conselho de Segurança das Nações Unidas, pensamos que não é justo que um continente não tenha um membro permanente naquele órgão", frisou Verónica Macamo, ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, durante o encerramento dos trabalhos da comissão mista dos dois países.

"Pensamos que o continente precisa estar bem representado neste órgão, para fazer valer a voz e os interesses dos nossos povos e dos nossos países", declarou a ministra.

O Conselho de Segurança, órgão das Nações Unidas cujo objetivo é zelar pela manutenção da paz e da segurança internacional, é composto por 15 membros: cinco permanentes e com poder de veto - China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos da América -, e 10 não permanentes.

O Conselho de Segurança é encarado como o órgão máximo da ONU devido à sua capacidade de fazer aprovar resoluções com caráter vinculativo.