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Confrontos na Síria entre curdos e grupo aliado provocam 40 mortes em três dias

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Pelo menos 40 pessoas morreram na Síria, em confrontos que eclodiram há três dias entre a aliança das Forças Democráticas Sírias (FDS), liderada pelos curdos, e um dos seus grupos afiliados, informou hoje o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

De acordo com a contagem da organização não-governamental (ONG), com sede no Reino Unido, que tem uma extensa rede de parceiros no terreno, os confrontos provocaram desde domingo a morte a onze membros das FDS, 20 homens tribais armados, cinco civis e quatro pessoas não identificadas.

As FDS e os combatentes tribais leais ao Conselho Militar de Deir al-Zur, no leste do país, até agora um aliado da coligação curda, estão em confronto em várias partes da província há três dias, tendo também provocado 15 feridos de ambos os lados do conflito, transmitiu o Observatório, em comunicado.

Os confrontos internos surgiram depois de as Forças Democráticas Sírias terem alegadamente detido no domingo o líder do conselho militar de Deir al-Zur, Ahmed al-Khabil, e outros elementos da hierarquia do grupo aliado na vizinha província de al-Hasakah.

Segundo a rede de ativistas locais DeirAlZur24, al-Khabil tinha sido convidado pelo FDS para participar numa reunião na região, onde acabou por ser detido.

A aliança curda confirmou hoje, em comunicado, que al-Khabil foi "destituído", mas garantiu que a decisão foi tomada pela sua formação, "com o consentimento do Conselho Militar das FDS".

Segundo a mesma nota, o ex-comandante terá cometido vários "crimes e violações" relacionados com o tráfico de droga, abuso de poder, comunicação com "entidades externas hostis à revolução" e até ter desempenhado um papel no aumento da atividade 'jihadista' na zona.

As Forças Democráticas Sírias controlam grande parte do norte e nordeste do país e colaboram com a coligação internacional liderada pelos EUA na luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico.