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Casa Branca afirma que Putin procura munições da Coreia do Norte

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A Casa Branca afirmou hoje que o Presidente russo, Vladimir Putin, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, trocaram cartas enquanto a Rússia procurava de Pyongyang munições para a guerra na Ucrânia.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, detalhou a última descoberta poucas semanas depois de a Casa Branca ter determinado que o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, durante uma recente visita à Coreia do Norte, apelou às autoridades norte-coreanas para aumentarem a venda de munições a Moscovo.

Kirby disse que a Rússia procura projéteis de artilharia adicionais e outros materiais básicos para reforçar a base industrial de defesa da Rússia.

O porta-voz acrescentou que as cartas eram "mais superficiais", mas que as negociações russas e norte-coreanas sobre a venda de armas estavam a avançar. Os líderes trocaram cartas após a visita de Shoigu, disse Kirby.

A administração de Joe Biden tem defendido repetidamente que o Kremlin tornou-se dependente da Coreia do Norte, bem como do Irão, para obter as armas de que necessita para travar a sua guerra contra a Ucrânia.

A Coreia do Norte e o Irão estão em grande parte isolados no cenário internacional devido aos seus programas nucleares e aos seus registos em matéria de direitos humanos.

Em março, a Casa Branca disse ter reunido informações que mostravam que a Rússia estava a tentar mediar um acordo de troca de comida por armas com a Coreia do Norte, no qual Moscovo forneceria a Pyongyang os alimentos necessários e outros produtos em troca de munições norte-coreanas.

No final do ano passado, a Casa Branca disse ter determinado que o Grupo Wagner, um grupo paramilitar russo, recebeu um carregamento de armas da Coreia do Norte para ajudar a reforçar as suas forças que lutam na Ucrânia em nome da Rússia.

Tanto a Coreia do Norte como a Rússia negaram anteriormente as acusações norte-americanas sobre armas. A Coreia do Norte, no entanto, apoiou a Rússia na guerra na Ucrânia, insistindo que a "política hegemónica" do Ocidente liderado pelos Estados Unidos forçou Moscovo a tomar medidas militares para proteger os seus interesses de segurança.