Regionais 2023 Madeira

ADN diz que "salário mínimo não é digno e aumenta a imigração ilegal"

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O partido ADN diz ter sempre defendido a criação de um 'salário digno' que substituísse o salário mínimo nacional.

"Hoje em dia constatamos que essa medida é cada vez mais necessária, porque as empresas globalistas e os grandes grupos empresariais nacionais têm-se aproveitado de uma legislação laboral amiga dos seus interesses, os quais, infelizmente, têm sido opostos às efectivas necessidades da população. É, por isso, urgente a criação de um 'salário digno', para salvar da pobreza e da exploração laboral as famílias e os jovens que estão à procura da sua independência e não conseguem sobreviver com um salário mínimo", refere Miguel Pita, candidato do partido ADN às eleições regionais da Madeira.

O ADN já alertou para a problemática dos recibos-verdes na Região, mas não podemos esquecer a exploração laboral que hoje em dia existe em Portugal e, em particular, na Região Autónoma da Madeira, em virtude de termos um salário mínimo praticado por demasiadas empresas, o qual é insuficiente para fazer face à aquisição de bens essenciais ou para arrendar/comprar uma habitação, o que é inaceitável. Relembro que o salário mínimo na nossa Região é de 785 euros, em comparação ao que é praticado nos Açores, que é de 798 euros, o qual também consideramos que não é suficiente, mas esta diferença tem de ser corrigida e devidamente esclarecida pelo Governo Regional da Madeira”. Miguel Pita 

O partido também defende uma aproximação aos salários mínimos praticados nos países da União Europeia, "pois, se pertencemos à UE para umas coisas, também pertencemos para outras, e não podemos ser apenas reiteradamente castigados por tecnocratas não eleitos, como a Sra. Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, sem conseguirmos obter um retorno aceitável da nossa adesão a esse organismo”, esclarece Miguel Pita.

“Os interesses dos grandes grupos empresariais da Madeira e do Porto-Santo não se podem sobrepor aos da população, principalmente quando isso promove a diminuição do salário médio da região, que é causado pela exploração de imigrantes, maioritariamente, ilegais e vindos de países indostânicos, que aceitam trabalhar no sector do turismo e da hotelaria pelo salário mínimo, ou mesmo por um salário inferior, mas sempre sob condições desumanas, sem horários e onde têm de partilhar um quarto com dezenas de colegas, entre outras situações igualmente indignas", denuncia.

E acrescenta: “Relativamente à diminuição do salário médio é fácil de entender esse fenómeno, pois, alguns empresários, ao depararem-se com a oportunidade de pagar baixos salários a imigrantes, deixam de contratar madeirenses e porto-santenses ou dizem a estes que: “há quem queira trabalhar pelo salário mínimo…”. Isto é extremamente preocupante, porque mexe com o nível salarial de todos nós, isto numa Região que pratica uma política de baixos salários, mas de preços elevados, como se pode confirmar numa qualquer ida ao supermercado”.

“Os lucros dos grandes grupos empresariais da Região não podem continuar  a desvalorizar o trabalho e provocar desequilíbrios socioeconómicos, pois, assim, os apoios que recebem do Governo Regional devem ser travados, porque, se não servem os interesses da população, então, como diz o ADN: “Ainda há empresários em Portugal e por esse mundo fora que não praticam uma política de baixos salários ou de exploração laboral, pelo que, há quem queira fazer negócios na Região Autónoma da Madeira…”, afirma Miguel Pita.

“Portugal não pode continuar a receber imigrantes de forma descontrolada e sem qualquer escrutínio, porque prejudica quem o é e todos os portugueses que querem manter ou melhorar as suas condições de vida. Esta é uma das razões por que não aceitamos que entidades ou organismos supranacionais queiram tornar o nosso país num tubo de ensaio para que nos tornemos numa nova África ou Ásia, onde a exploração humana é aceite pela maioria dos governos dos países que constituem esses dois continentes, e, em particular, também não queremos que a Madeira se torne numa nova Venezuela, rendida aos interesses ideológicos  daqueles que espezinham o povo com a ditadura socialista. Temos de mudar por completo as políticas do Governo Regional da Madeira, caso contrário, daqui a poucos anos os sobrenomes mais comuns deixarão de ser maioritariamente Jardim, Gouveia ou Silva e passarão a ser Rizwan, Caudhari ou Hossain que são sobrenomes comuns no Paquistão, Nepal e Bangladesh”, concluiu.