"Um T1 a custar 160 mil euros, é fazer favores a construtores ricos", critica Élvio Sousa
Cabeça-de-lista do JPP nota que "objectivo de um governo não é obter lucro com a venda de habitação mas sim vendê-la a preço de custo"
Élvio Sousa acusou hoje o presidente do Governo Regional de "gerir o tema da habitação como se de um negócio se tratasse”.
"O objectivo de um governo não é obter lucro com a venda de habitação mas sim vendê-la a preço de custo, um preço que uma família madeirense trabalhadora de classe média e média-baixa consiga pagar através de crédito habitação", sublinhou o cabeça-de-lista e líder do JPP à margem de uma actividade promovida pelo partido, esta manhã, no Funchal.
Na origem das declarações do candidato está a construção de 55 apartamentos a custos controlados, na freguesia de Santa Luzia, sendo que um apartamento T1 pode custar 160 mil euros no Funchal.
Mais de 200 apartamentos a custos controlados serão construídos na Penteada
Projecto será oficialmente apresentado em Setembro
“Miguel Albuquerque surpreendeu todos os madeirenses ao informar que um T1, a custos controlados no Funchal, irá custar 160 mil euros. Como 160 mil euros para um T1?”, indagou.
Um T1 a custar 160 mil euros, é fazer favores a construtores ricos. Isto tem de ser investigado e auditado. Élvio Sousa
Para o cabeça-de-lista do Juntos Pelo Povo “torna-se ainda mais grave quando se sabe que o terreno é do Governo e que 30% abaixo do valor de mercado, para um apartamento de 60m2, dá um preço de venda de 2.666/m2, com preços a escaldar e bem acima dos custo de construção”, salientou.
Para Élvio Sousa “é revoltante quando o próprio Albuquerque, que já perdeu a noção da realidade há muito tempo, além de carregar mais impostos (IVA a 22% e ISP dos combustíveis) anda a atirar areia para os olhos dos madeirenses. Afinal, ele é presidente ou vendedor de casas para ricos?”, interrogou o recandidato a deputado.
O líder do JPP reforçou igualmente a "necessidade de incentivar a natalidade". “Numa Região onde temos cada vez menos crianças. Se um T1 está a preços escaldantes e com os ordenado médio das famílias, sobretudo dos casais jovens, onde vão colocar o berço dos filhos? Como se pode incentivar a natalidade com estes preços a escaldar para apenas um T1?”, questionou.
Para o JPP “o que a Madeira precisa é de preços competitivos e recorde-se que para estes valores, estão a ser usadas verbas da Bazuca e a suportar os 30%".
“A Madeira necessita de mais oferta pública, sim, a preços reduzidos para então regular o mercado, precisa de créditos bonificados para os jovens, e definição de áreas de potencial urbanístico e celebração de contratos programa com todos os municípios”, acrescentou Élvio Sousa.