Médicos na Região são reconhecidos
Na Madeira, a greve dos médicos pouco se fez sentir. Nos dois primeiros dias de greve, apenas 10% dos profissionais destacados para prestar serviço nos hospitais e nos centros de saúde da Região aderiram à paralisação nacional. No Continente, a adesão foi total ou bem perto disso.
Uma adesão pouco significativa porque, até como reconhecera ainda antes da greve começar, a secretária regional do Sindicato Independente dos Médicos na Madeira, na Região há diálogo profícuo entre o Governo Regional e os médicos, visando a melhoria das condições de trabalho e de vida destes, ao contrário do “quero, posso e mando” do Governo da República.
Tal e qual acontece com os professores, os médicos também têm visto os seus salários congelados há muto tempo. As negociações, que duram há mais de um ano com o Ministério da Saúde, para a atualização das tabelas salariais têm-se revelado um fracasso.
O Governo da República, que tanto apelou ao brio e à deontologia da classe médica, na pandemia, teima em não reconhecer o esforço e a dedicação de quem, em infraestruturas degradadas, com fracos equipamentos, a trabalhar horas a mais, tanto faz em prol da Saúde em Portugal, em benefício dos portugueses e portuguesas.
Este é um Estado, um Governo da República, que não sabe reconhecer o mérito e a dedicação dos seus, que muito pede em momento de aflição, mas que depois nada retribui quando os ventos sopram a favor.
Na Madeira, repete-se, são os profissionais que o dizem, há diálogo, há reconhecimento, há justiça, há respeito, há agradecimento.
Enfim, por cá dão-se passos firmes, no caminho certo. No continente socialista o percurso é sinuoso, cheio de obstáculos e armadilhas.
Os “arquitetos das políticas, dos rumos” são diferentes e têm posturas distintas: Miguel Albuquerque quer uma sociedade solidária e justa para todos, a António Costa não se sabe que sociedade quer…. Justa é que não!
Ângelo Silva