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Seis adultos e três crianças encontrados mortos em casas vizinhas no Brasil

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Foto Shutterstock

Os corpos de seis adultos e três crianças foram encontrados, esta segunda-feira, em duas casas vizinhas em Mata de São João, na região metropolitana da cidade brasileira de Salvador, num crime aparentemente cometido numa disputa entre gangues, informaram fontes oficiais.

Os adultos foram mortos a tiros e os menores morreram após os autores do ataque incendiarem a residência onde aparentemente estavam escondidos, informou a Polícia Militar da Bahia.

Uma adolescente de 12 anos que sofreu queimaduras graves em mais de 50% do corpo, única sobrevivente do massacre, foi resgatada com vida e levada a um hospital.

Os acontecimentos ocorreram no chamado Núcleo Colonial Juscelino Kubitschek, parte de uma antiga colónia fundada em 1959 por descendentes de imigrantes japoneses que se dedicavam à agricultura.

Segundo testemunhas ouvidas pela Polícia, um grupo de homens armados invadiu a primeira das duas residências no domingo por volta das 16:00 locais (20:00 Lisboa), onde duas mulheres foram baleadas.

Os autores do crime terão ido imediatamente para a segunda casa, onde atiraram outras duas mulheres e dois homens.

Os agressores incendiaram a residência, matando os três menores, dois dos quais com problemas mentais, segundo os vizinhos.

A polícia disse não descartar que os adultos assassinados estivessem envolvidos na venda de drogas e que fossem vítimas de um grupo rival numa disputa por territórios.

A Bahia foi em 2022, pelo quarto ano consecutivo, o estado com mais mortes violentas de todo o Brasil, segundo dados divulgados em julho pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Na Bahia, foram registadas 6.659 mortes violentas no ano passado, 14% das que ocorreram em todo o Brasil (47.508), com o qual o estado teve uma taxa de 47,1 homicídios por 100 mil habitantes, a segunda maior do país.

A taxa de homicídios deste estado brasileiro é duas vezes maior do que a média do país (23,4 mortes violentas por 100 mil habitantes em 2022).

A crescente violência na Bahia é atribuída a disputas entre organizações criminosas que espalharam suas atividades para essas regiões.