Os sonsos do JPP
Gritam, mentem, esperneiam e fazem-se de vítimas. Tudo valeu na tentativa de assalto ao poder por parte dos três deputados do Juntos pelo Povo que estiveram no hemiciclo da Assembleia Legislativa da Madeira, revelador de um género de síndrome político da mentalidade tacanha, provinciana e ciumenta, que teve como epílogo a provada “facada” que deram no fundador do partido.
Filipe Sousa, como presidente da câmara municipal, sem nunca abdicar dos seus valores, procurou consensos, como forma de defender os munícipes e nem sempre alinhou em políticas baratas, do constante mal dizer. E, como resultado dessa postura, foi “morto” internamente.
Tenho respeito e consideração pelo Filipe Sousa, mesmo não concordando com todas as decisões. Por isso, assistir ao que lhe estão a fazer é bem demonstrativo de que vale tudo no JPP, para além de representa tudo o que valem os três deputados que “viveram” na Assembleia, sempre com soberba, sonsice e laivos de narcisismo
Para quem conhece a bíblia sabe que, possesso por ciúme, Caim armou uma emboscada ao próprio irmão. Sugeriu a Abel que ambos fossem ao campo e, quando lá chegaram, Caim assassinou o mano.
Élvio Sousa, irmão de Filipe Sousa, e os seus dois compinchas, Rafael Nunes e Paulo Alves, estão a tentar fazer o mesmo com Filipe Sousa. Montaram-lhe uma emboscada e vão a votos sozinhos, sem terem a consciência de que o presidente da câmara vale a maioria dos votos do partido.
Nutria até agora alguma simpatia pelo JPP, até votei no partido para as autárquicas, ainda que sempre com alguma desconfiança. Era bom demais para ser verdade, como se comprova agora. E se num partido tão pequeno é possível assistir a estes filmes, imaginemos o que não fariam os três deputados se chegassem perto do poder.
Emanuel Camacho