Marcelo diz que Portugal não cria expectativas para evitar desilusões
O Presidente da República afirmou hoje, sobre a adesão da Ucrânia à União Europeia, que Portugal não cria expectativas que podem transformar-se em desilusões e considerou ser necessária uma preparação das duas partes para se poder concretizar.
"Eu, aliás, cheguei a dizê-lo também em afirmações públicas. Nós não fazemos, como por ventura outros farão - não concretizei - que é criar expectativas e depois criar desilusões", afirmou, em São Tomé e Príncipe, em conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro, na qual também esteve o ministro dos Negócios estrangeiros.
"Não há nada pior em guerra do que criar ilusões", assumiu.
No final da 14.ª cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorreu hoje, o chefe de Estado foi questionado sobre um eventual desacordo com o Governo no que toca à posição de Portugal sobre a adesão da Ucrânia à União Europeia.
Marcelo Rebelo de Sousa disse que "é pão, pão, queijo, queijo" e que o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, "apreciou muito isso".
O Presidente da República, que esteve na Ucrânia nos últimos dias, indicou que quis transmitiu publicamente, em frente ao Presidente ucraniano, "que, quanto à posição de princípio", Portugal defende a adesão.
"Achamos que é importante para a Ucrânia e para a Europa que ela integre", salientou, ressalvando que, "da mesma maneira que isso implica uma preparação por parte da Ucrânia, que já começou mas ainda vai demorar tempo até à conclusão do processo, também implica uma preparação por parte da União Europeia, porque é completamente diferente uma União Europeia com 27 do que uma União Europeia com muitos mais Estados-membros".