As melhores séries para combater a solidão
“Succession”, uma história à volta de um grande grupo de Media
O Verão está a terminar e depois de uma correria de festas, praia, calor, fins de tarde e amigos começamos a sentir o suave sabor a fim o que equivale a dizer ao inicio de uma época mais resguardada, em que passamos mais tempo connosco, em casa e na procura da nossa profundidade. No meio de tudo isto precisamos sempre de encontrar algo que nos ocupe os serões, que nos defenda da solidão e nos entusiasme, nos traga alguma adrenalina. Para além de uma boa viagem para quem guarda uma semana de férias para o Inverno existem as cada vez mais requisitadas séries televisivas que nos prendem à televisão, tal qual um bom livro e nos fazem um pouco de companhia. Eu que sou um indefectível das mesmas deixo aqui algumas sugestões, deixando sempre espaço a críticas ou opiniões diferentes, estas não deixam de ser as minhas e que tenho como seguras que voltaria a ver outra vez sem pestanejar. Comecemos então pela melhor série de sempre. “Succession”, uma história à volta de um grande grupo de Media, Norte Americano. Há quem diga que baseado na família Murdoch e na sua FOX News, esta brilhante série retrata uma família que se digladia em torno da liderança de uma enorme potencia de comunicação mas também de poder, repleto de personagens tão loucas quanto fascinantes e que nos faz viajar pela terra dos ricos e das suas excentricidades mas que se debatem com os mesmos problemas existenciais do comum dos mortais. Fascinante.
Salto agora para a melhor série portuguesa que é para mim “Rabo de Peixe”. Há quem diga que é o grito do Ipiranga nacional e o inicio de uma nova era um pouco à semelhança do que sucedeu com La Casa de Papel espanhola que eu por acaso não sou grande fã. De Rabo de Peixe acho que é um um salto qualitativo brutal do produto português, baseado numa das mais misteriosas histórias verídicas do Portugal contemporâneo, carregado de bons atores e de uma realização muitos pontos acima do que normalmente se faz por cá. Nas mini séries destaco claramente duas. Primeiro “The Spy” onde o comediante Sacha Baron Cohen interpreta um famoso espião israelita que se infiltrou no governo Sírio nos anos 60 mas também “O Paraíso e a Serpente” que retrata a trajetória do serial killer Charles Sobhraj que aterrorizou vários turistas na Ásia dos anos 70. Todas estas baseadas em factos verdadeiros como eu gosto.
De regresso às grandes séries não posso deixar de referir aquela que foi para mim depois de “Succession” a minha grande série. “Narcos”. A verdadeira história de Pablo Escobar e dos grandes cartéis de droga do fim dos anos 80 na Colombia, as lutas entre famílias e os milhões ganhos nessa altura bem como a passagem para o México, uma realidade bem presente nos dias de hoje e que me fizeram ler de seguida os livros do filho Juan Pablo sobre o seu Pai. Para quem tem Netflix sugiro ainda a famosa “House of Cards” com Kevin Spacey para que se conheça os meandros da política americana ou “The Crown” que nos conta a história da família real britânica e a relação com o seu povo e os políticos que os acompanharam como Margaret Tatcher ou Winston Churchill. O frenético e criativo “Squid Game” série sul coreana que se baseia nos antigos jogos populares merece também a pena, assim como a recente “Beef” sobre uma série de acontecimentos trágicos que unem dois estranhos ou o documentário “The Last Dance”, que nos leva até aos tempos áureos de Michael Jordan na NBA.
Quanto à HBO, o recente “The Last of Us” enche-me as medidas e despertou-me para um problema do futuro, a que chamamos de fungos. Parece mentira mas é verdade, basta investigar um pouco sobre o assunto. “The White Lotus” é uma série divertida e que nos pode fazer relembrar um pouco do Verão que está a terminar, sobretudo a primeira temporada que me parece muito bem conseguida ou “Tokyo Vice” baseado numa história verídica sobre um jornalista norte americano que se acaba por envolver com a famosa máfia japonesa, Yakuza . Sugiro ainda “Big Little Lies”, “The Undoing”, “Mare of Easttown” ou o documentário sobre Chernobyl.
Para quem gosta de clássicos nunca é demais recordar os inevitáveis “Sopranos”, o “Seinfeld” ou “Family Guy”.
Muitos e bons motivos para não se sentir sozinho neste Inverno se bem que nada supera uma boa companhia com quem partilhar um balde de pipocas e estes fascinantes títulos.