Cinco países da UE querem alargamento de restrições de cereais ucranianos
Cinco países da União Europeia aliados da Ucrânia decidiram apelar em conjunto à extensão das restrições às importações de cereais ucranianos, para proteger os seus agricultores até ao final do ano, anunciou hoje o Governo polaco.
Após uma reunião por videoconferência com os seus homólogos da Roménia, Eslováquia, Hungria e Bulgária, o ministro da Agricultura polaco, Robert Telus, informou que os cinco países chegaram a uma posição comum sobre o assunto.
A Comissão Europeia autorizou estes cinco países, no início de junho, a prorrogar até 15 de setembro as suas medidas restritivas destinadas a bloquear a comercialização de trigo, milho e girassol ucranianos no seu território, para travar a descida de preços nos mercados locais.
A Polónia avisou que se a União Europeia (UE) não der luz verde a uma extensão das restrições, irá impô-las unilateralmente.
"A Polónia certamente o fará, a Hungria certamente o fará", disse Telus.
Em julho, estes cinco países já tinham apelado à UE para que lhes fosse permitido prolongar as restrições para além de 15 de setembro.
A questão das importações de cereais ucranianos causou uma disputa diplomática entre a Polónia e a Ucrânia, dois países aliados.
Em julho, um conselheiro presidencial polaco, Marcin Przydacz, disse que Varsóvia estava a dar prioridade à "defesa dos interesses dos agricultores da UE, pedindo a extensão das restrições às importações de cereais ucranianos".
Przydacz apelou à Ucrânia para mostrar apreço pelo "papel que a Polónia desempenhou" no apoio contra a agressão russa.
A Ucrânia reagiu convocando o embaixador polaco ao Ministério dos Negócios Estrangeiros em Kiev.