Regionais 2023 Madeira

ADN Madeira defende clube único na Região

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O ADN Madeira defende que "não existe qualquer lógica para a Região Autónoma da Madeira continuar a suportar financeiramente clubes de futebol profissional, desde logo, porque não há qualquer evidência de ganhos efectivos para a Madeira ou para a população".

Nesse sentido, o ADN Madeira considera que existem duas hipóteses: ou eliminamos todos os apoios aos clubes de futebol profissional ou, no limite, temos um clube de futebol único, visto não ser viável continuarmos a gastar milhões de euros por ano, sem que se obtenha um retorno desportivo, social e/ou financeiro, desprezando quem se sacrifica todos os dias para conseguir ter comida em cima da mesa. Esta solução de clube único também permite tentar um regresso rápido da Região Autónoma da Madeira à I Liga portuguesa de futebol". ADN Madeira

E acrescenta: "Por outro lado, não podemos permanecer submissos à vontade de alguns adeptos de clubes de futebol que preferem manter os seus clubes activos e a receberem milhões de euros por ano, a unirem-se por um objectivo maior, que seria defender as cores da Região Autónoma da Madeira, reduzir os gastos com o futebol profissional, provavelmente com ganhos desportivos superiores aos que actualmente temos, e canalizarmos os valores excedentes para outras modalidades amadoras ou causas sociais". 

No início do campeonato de futebol da II Liga, os dois clubes da Madeira que participam nessa liga jogaram entre si e não conseguiram encher um estádio com uma capacidade para 10.600 espectadores, isto numa população de 253.259 pessoas. Só isto seria razão mais do que suficiente para que todos os partidos, que dizem lutar pela Região, assumissem publicamente a defesa desta posição".  ADN Madeira
Ao que parece as pessoas continuam a gostar de ser enganadas com a política do “pão e circo”, expressão que era usada na Roma Antiga e que descreve uma estratégia política que consiste em oferecer ao povo o alimento mais básico (pão) e o entretenimento das  lutas de gladiadores no Coliseu de Roma (circo) como forma de distração e controle social, para que o Governo consiga desviar a atenção das questões políticas, sociais e económicas mais sérias e dos reais problemas da Região".  ADN Madeira

E acrescenta: "Em Portugal usamos os 'três efes' (Fátima, Futebol e Fado), que mantêm o povo sereno, apático e adormecido em relação à corrupção na política e no combate pelos Direitos, Liberdades e Garantias Fundamentais dos portugueses". 

"O ADN Madeira defende aquilo que os madeirenses e porto-santenses realmente precisam e não temos receio de defender medidas que, à partida, podem ser consideradas impopulares. Antes de garantirmos os “três efes”, temos de dar condições às pessoas para não terem de sair da Madeira ou do Porto-Santo para melhorar a sua vida, temos de garantir a segurança de todos, pugnar por reduzir o preço dos combustíveis e, também, de todos os impostos, entre muitas outras coisas, por isso, defendemos que não podemos continuar a gastar milhões de euros por ano numa modalidade profissional sem qualquer retorno", sustenta. 

"Para além disso, 'o seu a seu dono', pelo que, relembramos que esta é uma ideia antiga do ex-presidente da RAM, o Dr. Alberto João Jardim, que defendia criar uma sociedade desportiva, na qual o governo seria o principal acionista, integrando na administração da SAD os presidentes do Marítimo, do Nacional e do União, tornando-se o único representante da Região no futebol profissional", concluiu.