Japão diz que radioatividade da descarga nuclear está dentro dos parâmetros
As primeiras análises ao nível de radioatividade da água da central nuclear japonesa de Fukushima, depois da primeira descarga no mar foram conclusivas e estão dentro dos parâmetros, anunciou a operadora que efetuou os testes.
O nível de radioatividade nas amostras recolhidas estava de acordo com as previsões e abaixo do limite máximo fixado em 1.500 becquerels/litro (Bq/L), informou um porta-voz da operadora que gere a central nuclear, TEPCO.
A norma japonesa para este tipo de derrame, inspirada na norma internacional, é de 60.000 Bq/L.
O becquerel é a unidade de medida da radioatividade adotada internacionalmente em 1975 na 15.ª Conferência de Pesos e Medidas.
A designação da unidade (Bq) tem como base o nome do físico Antoine Henri Becquerel, vencedor do Prémio Nobel de Física em 1903, juntamente com Pierre e Marie Curie, pelos estudos sobre a radioatividade.
O Japão iniciou na quinta-feira a descarga no Oceano Pacífico da água proveniente da central nuclear de Fukushima, "após tratamentos" que segundo as autoridades retiraram a "maior parte dos resíduos radioativos".
Trata-se de um processo que se vai prolongar durante várias décadas mas que está a gerar fortes protestos no Japão e nos países da região, nomeadamente na República Popular da China e nas Filipinas.
A Tokyo Electric Power (TEPCO), a operadora da central nuclear decidiu iniciar as descargas depois de ter comunicado que a concentração de resíduos radioativos se encontravam "dentro dos parâmetros estipulados".
De acordo com a mesma entidade o processo de depuração da água da central foi submetida a um tratamento através de um circuito ALPS (Sistema Avançado de Processamento de Líquidos).
A primeira descarga ocorre 12 anos após o grave acidente que atingiu a central nuclear japonesa, na sequência de um terramoto e de um tsunami, na zona de Fukushima.