Quartos para estudantes custam 300 euros no Funchal e mais de 400 euros em Lisboa e no Porto
O preço médio de quartos e apartamentos para estudantes subiu 10,5% no último ano, ultrapassando os 400 euros em Lisboa e no Porto, segundo o último relatório do Observatório do Alojamento Estudantil publicado no início do mês. De acordo com os indicadores mais recentes, no Funchal, o preço médio é de 300 euros.
Segundo a análise feita com base em mais de 20 portais imobiliários e 'sites' de agências do setor sobre a oferta privada nas 20 capitais de distrito, havia 2.892 quartos disponíveis.
De acordo com os dados, hoje citados no jornal Público, na maioria dos distritos a subida foi superior aos 10,5% da média nacional, havendo aumentos de 33% como no caso de Portalegre. A exceção vai para os distritos de Beja, Bragança e Porto, cujo aumento ficou abaixo dos 10%.
Contudo, arrendar um quarto no Porto custa, em média, 425 euros por mês e em Lisboa 450 euros. Setúbal com 350 euros, Faro com 339 ou Aveiro com 320 são outras cidades onde os custos com o alojamento são elevados.
Recorde-se que é em Lisboa (Área Metropolitana) que estão matriculados uma grande parte dos estudantes universitários oriundos da Madeira e Porto Santo. No ano lectivo 2021/2022, segundo os últimos dados estatísticos disponíveis, totalizavam 2.422 na área da capital portuguesa, acrescido de 1.332 na região Norte (maioria deles, previsivelmente, no Porto).
No caso da Madeira, entre Março e Maio os preços médios estiveram nos 350 euros, tendo baixado em Junho para 299 e agora aumentado para 300 euros em Julho. Há um ano, o preço médio estava exactamente nesse valor, mas em Julho de 2021 ascendia a 251 euros. Ou seja, tal como há um ano, dois anos depois, os preços médios para quartos do estudantes universitários na Madeira está 19,5% mais caro.
Algumas associações académicas ouvidas pelo Público disseram ter recebido relatos de valores muito altos "praticados no mercado regulado", onde são arrendadas casas e quartos sem recibos". Além dos preços praticados, outro dos problemas relatados pelos alunos é a necessidade de pagar duas e três rendas em avanço.
O relatório do Observatório é publicado pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) e "operacionalizada" pela Alfredo Real Estate Analytics, uma start-up portuguesa que nele trabalha há três anos.
Este fim de semana vão ser conhecidos os resultados da primeira fase do concurso nacional de acesso ao Ensino Superior.