Guterres condena lançamento de satélite norte-coreano com tecnologia de mísseis balísticos
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, condenou hoje a tentativa de lançamento de mais um satélite militar pela Coreia do Norte com tecnologia de mísseis balísticos, sublinhando que tal contraria resoluções do Conselho de Segurança.
"O secretário-geral condena fortemente a tentativa de lançamento de mais um satélite militar pela República Popular Democrática da Coreia (RPDC). Qualquer lançamento pela RPDC utilizando tecnologia de mísseis balísticos é contrário às resoluções relevantes do Conselho de Segurança", alertou Guterres num comunicado divulgado pelo gabinete do seu porta-voz.
O líder das Nações Unidas voltou a instar Pyongyang a "cessar tais atos e a retomar rapidamente o diálogo sem condições prévias para alcançar o objetivo da paz sustentável e da desnuclearização completa e verificável da Península Coreana".
A Coreia do Norte anunciou hoje que a sua segunda tentativa em três meses de colocar um satélite espião em órbita falhou e prometeu tentar novamente em outubro.
Também os países do grupo G7 condenaram hoje a tentativa da Coreia do Norte de lançar um satélite com tecnologia de mísseis balísticos, classificando-a como "violação flagrante" de resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
Num comunicado, os países do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, a que se junta a União Europeia) dizem que, "apesar dos repetidos apelos da comunidade internacional", a Coreia do Norte continua a sua escalada com "um número recorde de lançamentos de mísseis balísticos".
Para o G7, esse gesto demonstra a determinação da Coreia do Norte em "avançar e diversificar as suas capacidades nucleares e balísticas ilegais".
"Reiteramos mais uma vez a nossa exigência de que a Coreia do Norte abandone as suas armas nucleares, os programas nucleares existentes e todas as outras armas de destruição maciça e programas de mísseis balísticos de uma forma completa, verificável e irreversível", diz o comunicado, divulgado a partir de Bruxelas.