PR considera morte de Prigozhin irrelevante para contexto da guerra
O Presidente da República considerou hoje a morte do líder do Grupo Wagner, Yevgeni Prigozhin, "completamente irrelevante" para a guerra na Ucrânia, defendendo que o importante é perceber como é que o país invadido pode atingir os seus objetivos.
"Acho completamente irrelevante", comentou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas, à saída do hotel em Kiev onde esteve instalado na última noite, para iniciar o regresso a Portugal.
Prigozhin terá morrido na queda do jato privado em que seguia na quarta-feira e que fazia a ligação entre Moscovo e São Petersburgo.
No fim de semana, o chefe de Estado e o primeiro-ministro estarão em São Tomé e Príncipe para a cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Em Kiev, o Presidente da República antecipou que iria reescrever a sua intervenção na cimeira para incluir a Ucrânia e a questão do apoio ao país invadido.
O assunto fez parte do encontro entre Volodymyr Zelensky e Marcelo Rebelo de Sousa, pela posição privilegiada que Portugal tem no contacto com os países de África.
Há países do continente africano que mantêm uma posição neutra ou ambígua em relação à invasão russa e outros que alinham com a narrativa de Moscovo, disse.
A Ucrânia quer recolher mais aliados em África para alargar o apoio da comunidade internacional e aumentar a pressão sobre o Kremlin, que iniciou uma invasão de larga escala há precisamente um ano e meio.