Congressistas dos EUA expressam apoio a Kiev em encontro com Zelensky
Uma delegação bipartidária de congressistas norte-americanos mantiveram hoje um encontro em Kiev com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a quem transmitiram o apoio dos Estados Unidos na defesa contra a invasão russa.
O encontro em Kiev contou com a presença dos congressistas democratas Richard Blumenthal e Elizabeth Warren, e do republicano Lindsey Graham, que também se reuniram com o ministro da Defesa ucraniano, Oleksankdr Kubrakov, e com o governador do Banco Nacional, Andriy Pyshnyy.
"A luta da Ucrânia pela democracia e pela liberdade, contra a invasão injustificada da Rússia, é a nossa luta", realçou, em comunicado, Blumenthal, que já esteve no país quatro vezes.
O democrata sublinhou que Kiev precisa imediatamente de caças F-16 com pilotos bem treinados, bem como de artilharia de longo alcance, como mísseis Atacms, para capitalizar os lucros da sua contraofensiva.
Os congressistas visitaram Kiev um dia antes da celebração do Dia da Independência da Ucrânia e sublinharam que os ganhos que o país está a obter no campo de batalha são sólidos e com "possibilidades reais" de um avanço significativo.
"Este é um momento crucial. Devemos aprovar rapidamente um pacote adicional de segurança nacional. Devemos cumprir integralmente as nossas sanções contra o regime russo face às evidências de violações por parte de empresas dos EUA e outros", sublinhou ainda Blumenthal, na sua nota.
O senador defendeu a nomeação da Rússia como Estado patrocinador do terrorismo e do grupo Wagner como "organização terrorista estrangeira".
Blumenthal apelou também ao aumento da capacidade industrial própria e dos aliados em termos de munições e outros materiais.
Cumprir estas palavras com "ações firmes e decisivas" manterá a Ucrânia "no caminho da vitória", vincou.
O norte-americano realçou que a Ucrânia utiliza as armas recebidas "de forma eficaz" e ficou satisfeito com o facto do poder militar do Exército russo ter sido reduzido "pela metade".
"Os ucranianos entendem que as guerras não terminam com a entrega de território ao agressor. Se Putin não for detido, ele seguirá em frente. Ele deixou isso claro repetidamente. E se Putin vencer, ele continuará a ganhar território, o que aumenta as hipóteses de que haverá uma guerra entre a Rússia e a NATO que envolveria diretamente os americanos. Não queremos isso", concluiu Blumenthal.
O Presidente russo, Vladimir Putin, referiu hoje que a situação na frente de batalha permanece estável, enquanto Zelensky reconheceu que a contraofensiva ucraniana avança com grande dificuldade devido à densidade dos campos minados nas linhas de defesa russas.