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Eleições presidenciais e parlamentares no Zimbabué prolongadas por um dia

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Foto DN

As eleições para eleger o Presidente e o parlamento do Zimbabué vão ser prolongadas por um dia, anunciou ontem o chefe de Estado, devido a fortes atrasos em algumas mesas de voto que não conseguiram abrir a tempo.

Muitas das urnas, principalmente na capital, Harare, não puderam abrir às 07:00 locais (05:00 em Lisboa) devido a atrasos na entrega dos materiais necessários para a votação, incluindo boletins de voto, relataram elementos de várias mesas à agência France-Presse.

Algumas das assembleias de voto só abriram após as 16:00, revelou ainda a agência Efe, à qual a Comissão Eleitoral do Zimbabué já tinha avançado, antes do anúncio do Presidente do país, que as mesas que abriram mais tarde teriam "12 horas para votar" a partir do momento em que ficaram disponíveis.

Os resultados das eleições devem ser conhecidos dentro de cinco dias e, embora concorram à presidência 12 candidatos, apenas dois têm hipóteses de vencer: o atual chefe de Estado, Emmerson Mnangagwa, de 80 anos, líder da União Nacional Africada do Zimbabué-Frente Patriótica (ZANU-PF), e Nelson Chamisa, de 45 anos, que lidera a Coligação de Cidadãos pela Mudança (CCC), da oposição.

Caso nenhum dos candidatos consiga mais de 50% dos votos, será realizada uma segunda volta entre os dois mais votados, em 02 de outubro, conforme estabelece a lei eleitoral do país.

Os habitantes do Zimbabué vão às urnas preocupados com a escassez de energia e o elevado custo de vida, aliado a uma grave crise de inflação, com a moeda local, o dólar zimbabueano, a perder 86% do seu valor entre janeiro e junho deste ano.

As eleições realizam-se após uma campanha eleitoral marcada por queixas de organizações de direitos humanos sobre a crescente perseguição aos dissidentes no país, assim como a perseguição com motivações políticas aos líderes da oposição.