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Votar no PS

Já nem para obras o PSD tem boas ideias. É o estertor de um regime caquético

A frase nos cartazes do PS é muito feliz e certeira. O voto no PS é o voto que muda a Madeira. Por razões que são simples de perceber, é a única força com capacidade, competência e dimensão política para suceder a este poder voraz de quase 50 anos no governo regional, e que não sai da cepa torta. Sempre os mesmos interesses, o mesmo desperdício de dinheiros públicos, a falta de arrojo, de criatividade. Já nem para obras o PSD tem boas ideias. É o estertor de um regime caquético que ainda tenta subsistir à custa de ameaças e chantagens, mas já não tem nada de novo a dar à Madeira.

O PS apresenta-se aos madeirenses e porto-santenses com um projeto de governo sério, inovador e claramente diferenciado em relação aos restantes partidos. O Sérgio Gonçalves é de longe o candidato mais competente a presidente do Governo Regional, o mais qualificado e com experiência profissional irrepreensível no setor privado. Nunca necessitou de nenhum tacho, nunca foi um carreirista, tudo o que conseguiu na vida foi à custa do seu trabalho e da sua dedicação profissional. Pudesse Miguel Albuquerque dizer o mesmo.

Também os outros partidos da oposição não representam nada de novo, nem novas ideias nem novas formas de fazer política. Permito-me referir quatro deles.

O PCP simplesmente vai desaparecer do mapa regional. Apostando pela enésima vez em Edgar Silva, um erro monumental, o político que teve o pior resultado de sempre do PCP em eleições presidenciais, destila constantemente um ódio particular ao PS, não disfarçando que quer que o PSD continue no poder. Alguém vai votar num partido da oposição que quer que fique tudo na mesma?

O Bloco de Esquerda é um caso particular de desmobilização e apagamento, falta de ideias e tudo o mais, que nem o regresso de Roberto Almada consegue mascarar. Quando se ouve ou lê intervenções públicas deste partido sente-se a falta de energia e vontade para ser uma força transformadora, como tentou ser há duas décadas. É um passado que não regressa, constata-se o presente que definha sem tréguas.

O JPP entrou em implosão interna, e basicamente traçou o seu destino: não tem qualquer futuro. Quando dois irmãos, um presidente de câmara o outro deputado, um presidente o outro secretário geral do partido, se insultam publicamente de forma mais ou menos velada por causa do lugar que ocupam ou querem ocupar na lista, está tudo dito. Acabaram a campanha mais cedo, não são alternativa a nada.

E depois o Chega, esse caso extraordinário da candidatura que pode borregar no Tribunal Constitucional. Parece a anedota da pescada, antes de ser já o era. Até parece que estavam a adivinhar com os cartazes de André Ventura que meteram um pouco por toda a ilha. Como não aparece nenhum dos supostos candidatos às eleições regionais, presume-se que já estejam a preparar as eleições europeias do próximo ano. Faz todo o sentido esconderem-se do eleitorado, até porque ninguém faz ideia do que defendem para a região. Uma desgraça.

Dito isto, os madeirenses e porto-santenses saberão avaliar democraticamente todas as candidaturas e tirar as suas conclusões.

Para todas e todos aqueles que querem uma mudança na Região e que já estão fartas deste regime, só há uma opção, só há uma alternativa: o PS.