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Ministra brasileira defende mais mulheres em posições de poder

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A ministra da Igualdade Racial do Brasil, Anielle Franco, defendeu ontem em Maputo mais mulheres em "posições de poder", criticando a falta de "representatividade e o recorrente racismo" no seu país.

"A gente, infelizmente, vive num país onde ainda são poucas as mulheres que têm acesso e chegam a lugares de poder, de protagonismo", disse a ministra, em declarações à comunicação social, à margem de uma roda de conversa com estudantes da Universidade Pedagógica em Maputo, no âmbito de uma visita que realiza a Moçambique. 

A ministra e os estudantes debatiam sob lema "Caminhos Amefricanos: fortalecendo as mulheres nos espaços de poder".

Anielle Franco defendeu ainda que a falta de representatividade das mulheres no Brasil deve-se, entre outros fatores, ao deficiente acesso à educação, problema que afeta maioritariamente mulheres negras.

Segundo a governante brasileira, o país tem apenas quatro ministras negras e outras 12 mulheres negras no congresso, números que considera "pouquíssimos". 

"O racismo no Brasil é algo recorrente", vincou a governante, referindo que a cada 23 minutos uma pessoa negra é assassinada naquele país.

A governante avançou ainda que espera que, através do seu ministério e do governo, no futuro haja mais representatividade, "não só nos espaços de poder", mas que as crianças cresçam sabendo que "podem estar em qualquer lugar".

De acordo com os dados avançados pela ministra, 57% da população brasileira é negra, dos quais 30% são mulheres.