Binter garante que prorrogação dura por mais um ano
Embora refira que "a empresa obtém autorização do Governo português até Fevereiro de 2024"
A Binter acaba de reagir em nota de imprensa que continuará a operar a rota Madeira-Porto Santo "pelo menos até 23 de Fevereiro de 2024, após o contrato de concessão ser prorrogado pelo governo português". A companhia aérea com sede em Canárias, acrescenta que "foi concessionária desta rota de obrigação de serviço público (OSP) em 2018 por um período de três anos, contrato que foi renovado por mais três anos e que, desde então, foi prorrogado por períodos de quatro ou seis meses. A prorrogação atual expira a 23 de Agosto de 2024".
Contrato de concessão da linha aérea Porto Santo - Madeira já foi prorrogado
Já está publicado em Diário da República a prorrogação do contrato de concessão dos serviços aéreos regulares na rota Porto Santo-Funchal-Porto Santo e respectiva despesa para os próximos quatro anos (o que resta de 2023 até parte de 2027), no valor de quase 5,6 milhões de euros. Esta é, contudo, uma prorrogação provisória para os próximos seis meses, sobretudo visando assegurar que os trâmites burocráticos do concurso público não coloquem em causa os voos entre as duas ilhas.
Assim, sendo, a Binter tem a garantia que continuará a unir os Arquipélagos da Madeira e Canárias, algo que faz "há quase duas décadas", sendo que, desde 2018, "as ilhas da Madeira e Porto Santo, transportando mais de meio milhão de passageiros em mais de 12.000 voos".
"A companhia aérea mantém um contato contínuo com as administrações locais, para estabelecer sinergias que permitam avançar na conectividade. Atualmente, trabalha junto ao Turismo da Madeira na promoção do destino, através de diferentes ações de dinamização, para favorecer o desenvolvimento de conexões diretas entre o Arquipélago e o exterior", garante.
Numa nota mais para o exterior, recorda que a "rota conecta a Madeira, com 240.000 habitantes, com sua vizinha Porto Santo, com apenas 5.500 residentes. A companhia aérea opera quatro voos diários entre as duas ilhas do arquipélago português, com duas partidas da Madeira (FNC), e dois de Porto Santo (PXO)".
Relembra ainda que "em 2005, a Binter começa sua expansão fora das Canárias, e a Madeira se torna seu primeiro destino internacional", sendo que "posteriormente, em 2018, a companhia aérea vence o concurso para conectar Madeira e Porto Santo, com o objetivo de estabelecer uma conectividade aérea que garanta o desenvolvimento sociocultural e o fluxo de residentes entre as duas ilhas".
Além disso, assinala a introdução de "melhorias no serviço da rota Funchal-Porto Santo ao longo dos anos, como check-in online, facilidade para alterações nas tarifas de residentes e estudantes e um programa de fidelização, com o objetivo de ajustar a oferta às necessidades da população".
Em modo marketing, acrescenta que "desde Julho, a Binter replica sua operação de verão de 2022, com conexões diretas de Madeira (FNC) para Porto Santo (PXO), Marraquexe (RAK), Fuerteventura (FUE), Lanzarote (ACE) e Tenerife Sul (TFS), além das operações durante todo o ano para Tenerife Norte (TFN) e Gran Canaria (LPA)".
É nesse sentido que "uma das aeronaves ATR 72-600 da companhia, chamada 'Madeira', tem como base de operações o Aeroporto do Funchal, o que facilita a conexão dessas sete rotas", conclui.
A companhia não refere em qualquer momento a sua posição quanto às eventuais perdas que tenham sido causadas pelo adiamento do concurso público para esta rota.
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Em causa a solução para o contrato de concessão da linha aérea entre a Madeira e o Porto Santo, que acabou por ser um adiamento de uma medida já defendida pela Região