A Guerra Mundo

Drone causa pelo menos cinco feridos em estação ferroviária russa

Um outro drone que tinha como alvo Moscovo foi repelido pelas forças de defesa aérea

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Foto Reuters

Um ataque com um drone ucraniano deixou pelo menos cinco feridos, após o aparelho aéreo não tripulado ter chocado contra uma estação de comboios em Kursk, perto da fronteira com a Ucrânia.

"De acordo com relatórios preliminares, [o drone] chocou contra o telhado do edifício da estação ferroviária, tendo depois originado um incêndio no telhado. Cinco pessoas ficaram levemente feridas por estilhaços de vidro", disse hoje o governador da região de Kursk, Roman Starovoit, na plataforma de mensagens Telegram.

Kursk fica a cerca de 90 quilómetros da fronteira que separa a Rússia e a Ucrânia.

Também no Telegram, o autarca de Moscovo, Sergei Sobyanin, disse que um outro drone tentou dirigir-se à capital, mas que o ataque "foi frustrado pelas forças de defesa aérea", agradecendo "aos militares por seu trabalho".

A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os dados das Nações Unidas, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão -- justificada pelo Presidente Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- tem sido condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, citado pela agência de notícias oficial TASS, o drone foi detetado sobre o distrito de Stupinsky, na região de Moscovo, quando se dirigia para a capital.

A aeronave não tripulada foi destruída por meios eletrónicos e caiu numa área deserta, sem causar vítimas ou danos, disse o ministério, denunciando uma tentativa de "ataque terrorista" do "regime de Kiev".

A TASS também informou que os aeroportos Domodedovo e Vnukovo, que servem a capital russa, foram temporariamente fechados.

Os ataques de drones em territórios controlados pela Rússia aumentaram nas últimas semanas, tendo principalmente como alvo a capital, Moscovo, e a península da Crimeia, anexada pelos russos em 2014.

No sábado, a Rússia atacou com um míssil a sede do Teatro Dramático de Chernihiv, no norte da Ucrânia, que acolhia uma visita de crianças a uma exibição de drones, causando sete mortos e 148 feridos, disse o governador da região.

Vyacheslav Chaus revelou esta manhã no Telegram que 41 dos feridos ainda estavam hospitalizados.

"Neste momento, os trabalhos de limpeza do centro da cidade continuam, as máquinas de construção estão a trabalhar (...). Todos os edifícios circundantes são inspecionados para estimar a extensão dos danos", acrescentou o governador.

"É hediondo atacar a praça principal de uma grande cidade pela manhã, quando as pessoas estão a caminhar, algumas a caminho da igreja para celebrar um feriado religioso", afirmou a coordenadora humanitária da ONU na Ucrânia, Denise Brown, citada em comunicado.

O Presidente da Ucrânia, que se encontrava em visita oficial à Suécia, condenou o ataque nas redes sociais e acrescentou que estas ações mostram o que é "viver ao lado de um Estado terrorista".

Num encontro com o primeiro-ministro sueco, Volodymyr Zelensky propôs a Ulf Kristersson o fornecimento de aeronaves de combate Gripen, bem como o início em breve da produção na Ucrânia de veículos blindados CV-90, atualmente fabricados na Suécia.

A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os dados das Nações Unidas, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão - justificada pelo Presidente Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - tem sido condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.