10 notas sobre o Rali
Para que a prova seja uma festa, importa que quem vai para a estrada respeite regras, promova a segurança e tenha bom senso
Boa noite!
Já se sente a 64.ª edição do Rali Vinho Madeira, uma prova que mexe com toda a Região e arredores. Tanto que até quem não quer sentir o cheiro a pneus e fica a dever à paciência quando se depara com o encerramento de estradas tem remédio: o Porto Santo é mesmo aqui ao lado.
Sobre as abordagens e impactos da corrida onde também se ditam notas, deixamos 10 considerações. Isto é consigo!
1. Só quem está inscrito é que está devidamente autorizado a competir e a disputar os troços cronometrados sem temer o radar. Todos os outros entusiastas da velocidade, conhecidos por aceleras ou pés de chumbo e que gostam de exibir-se a caminho das classificativas, estão obrigados a respeitar os limites definidos por lei, o código de estrada e os agentes de segurança.
2. Quem não gosta, não estraga. E assim, em vez do habitual protesto face a pretensões goradas, por vezes feito de palavreado fútil, e de aselhices que perturbam a vida a terceiros, convém conhecer as alterações rodoviárias em toda a ilha durante os dias em que decorre a prova rainha do automobilismo. Os meios de comunicação têm dado informação que chegue a esse nível.
3. Os que apreciam ver a prova ao vivo devem chegar cedo ao anterior das provas especiais de classificação. Ou então aceder às mesmas pelos atalhos sugeridos. Já agora saibam os mais distraídos que este ano não serão tolerados quaisquer movimentações de pessoas no interior das PEC quando faltarem 20 minutos para o primeiro corrente entrar em acção. E só devem abandonar o local que escolheram para ver o Rali quando passar o ‘carro vassoura’.
4. Há quem julgue que em tempo de rali tudo é permitido. Sobretudo ao nível de estacionamento. O civismo exige-se, a par do bom senso. Evite pois ver o seu carro rebocado ou fotografado em flagrante delito.
5. Tragam da serra ou das especiais tudo o que levaram. O ambiente agradece.
6. O itinerário tem novidades. Mas podia ter mais. Quem gosta da imprevisibilidade aprecia as mudanças. Estradas para criar alternativas ao traçado habitual não faltam. Haja criatividade. E vontade.
7. A Comissão Organizadora do Rali informou por diversas que os bilhetes das bancadas para assistir à 1ª Prova Especial de Classificação esgotaram. Pelos vistos a procura foi muita, mesmo que a 20 euros. Mais houvesse e não se percebe porque não houve visão para o negócio. Satisfazer-se com pouco não pode ser bandeira de quem tem ambição de voltar a ter o RVM no Campeonato da Europa.
8. Convinha acautelar serviços mínimos nas entidades necessárias ao bem estar colectivo. A vida não pára mesmo que os funcionários públicos tenham tolerância de ponto a partir das 14 horas de quinta-feira e durante toda a sexta-feira. Cumpra-se a tradição sem lesar a cidadania.
9. Os 183,68 quilómetros cronometrados das 15 Especiais de Classificação que compõem o rali, integrados num percurso total de 731,50 quilómetros, podem ser seguidos de perto sem sair do sofá ou da secretária. A televisão ou as sete rádios privadas da Região que se unem com o intuito de levar aos diversos auditórios que servem todas as emoções da mítica prova, quer na vertente competitiva, como na dimensão social estão ao seu serviço.
10. O Rali deve ser uma festa. Se for para a estrada deixe em casa a azia, os fundamentalismos e o azar.