Jornada Mundial da Juventude País

Papa fez discurso "para voltarmos a avivar chama do projeto europeu"

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A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares considerou hoje que o Papa Francisco fez um discurso para se voltar a "avivar a chama do projeto europeu", que está "fundado em valores democráticos".

"O discurso que aqui foi feito hoje é um discurso para voltarmos a avivar a chama do projeto europeu, que está fundado nos valores democráticos. E, portanto, sociedades democráticas são sociedades mais inclusivas e sociedades mais integradoras", defendeu Ana Catarina Mendes, em declarações aos jornalistas à saída do Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa.

A governante falava após o primeiro discurso do Papa Francisco em Portugal, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), num encontro com autoridades, sociedade civil e corpo diplomático, no qual disse que o mundo, a navegar um momento tempestuoso em que faltam "rotas corajosas de paz", precisa de uma Europa construtora de pontes e que "use o seu engenho para apagar focos de guerra".

Questionada sobre se as palavras do Papa Francisco foram de responsabilização dos políticos, Ana Catarina Mendes respondeu: "Foi um discurso de apelo a todos nós, para que todos nós, em cada uma das suas funções, possa responder com as responsabilidades que tem".

Ana Catarina Mendes considerou também que o discurso do Papa Francisco deixou uma "mensagem muito forte de que os jovens são a esperança do futuro".

A ministra foi ainda questionada sobre um relatório da Pordata, divulgado na segunda-feira, que identifica um número significativo de jovens (quase 25%) em situação de pobreza ou exclusão social.

Ana Catarina Mendes disse que este é um estudo que "deve ajudar a compreender melhor o mundo", contudo, destacou algumas medidas do Governo dirigidas aos jovens como o programa de habitação Porta 65 ou o 'IRS Jovem', dizendo que o executivo maioritário socialista está "absolutamente comprometido" com "aquilo que deve ser uma agenda para os jovens e uma agenda para que estes jovens tenham futuro".

A ministra acrescentou que a JMJ traz a Lisboa jovens de todo o mundo, "onde muitos dos problemas são comuns, mas muitos não são".

"E é bom que os jovens se confrontem também com aqueles que, estando mais distantes de si, vivem hoje na miséria, na fome, nas guerras ou nas ditaduras", afirmou.