Biden diz que pretende reunir com Xi Jinping no Outono
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse hoje que pretende reunir com seu homólogo chinês, Xi Jinping, este outono, numa continuação das conversas que mantiveram em novembro passado na Indonésia.
"Planeio e espero continuar neste outono a conversa que tivemos em Bali. É o que espero", disse Biden em resposta a um jornalista no final de uma cimeira com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e com o Presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, em Camp David, residência de campo presidencial próxima de Washington DC.
Biden referia-se ao contacto que manteve com Xi Jinping em novembro de 2022 em Bali, na Indonésia, durante uma cimeira do G20.
Momentos antes de declarar a intenção de se reencontrar com o homólogo chinês, Biden e os líderes asiáticos presentes na cimeira denunciaram o comportamento "perigoso" e "agressivo" de Pequim no Mar do Sul da China.
Numa declaração conjunta, os três países condenaram "reivindicações marítimas ilegais" em assuntos marítimos, enquanto Pequim reclama a soberania sobre águas de países vizinhos e realiza de forma quase quotidiana exercícios aéreos e marítimos junto ao espaço aéreo de Taiwan.
"Opomo-nos fortemente a qualquer tentativa unilateral de mudar o 'status quo' nas águas da região do Indo-Pacífico", afirmaram os líderes dos três países no comunicado final.
"Reafirmamos a importância da paz e da estabilidade no Estreito de Taiwan", acrescentaram ainda, numa referência ao arquipélago de governo democrático liberal, tal como os três países representados na cimeira de hoje.
"O propósito da nossa cooperação trilateral de segurança é e continuará a ser promover e aumentar a paz e a estabilidade em toda a região", disseram os três países em comunicado conjunto.
Antes mesmo de começar, a cimeira atraiu duras críticas públicas do Governo do Partido Comunista Chinês.
"Tentativas de formar vários grupos e pequenos clubes exclusivos e trazer o confronto em bloco para a região da Ásia-Pacífico são impopulares e certamente despertarão vigilância e oposição nos países da região", disse hoje o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Wenbin.