Regionais 2023 Madeira

Chega-Madeira diz que "transportes aéreos e marítimos são prioridades"

Partido está empenhado na "luta contra compadrio e interesses instalados"

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"A questão dos transportes aéreos e marítimos é um dos temas que tem sido mais debatido no contexto político regional nos últimos anos", começa por referir uma nota de imprensa do Chega-Madeira, que se candidata pela primeira vez às eleições legislativas regionais na Madeira. "Em termos mais específicos, a ligação marítima entre a Região e a parcela continental da República, por um lado, e, por outro lado, o custo das ligações aéreas são assuntos que têm recebido a atenção de muitos dos partidos políticos e da população, em geral, mas sem que o debate público gerado tenha resultado em soluções concretas para a vida dos madeirenses e portosantenses". 

Miguel Castro, presidente do Chega-Madeira e cabeça-de-lista do partido às eleições legislativas regionais, "reconhece que o tema dos transportes é um dos assuntos importantes do próximo acto eleitoral, com o seu partido a assumir compromissos claros naquela área", aponta. "A questão das ligações aéreas e marítimas assume importância acrescida no contexto social e económico da Região, pois estamos a falar de uma zona periférica de um estado que já ocupa uma posição periférica em relação ao centro político e geográfico da União Europeia. Por outras palavras, é um assunto que está intimamente associado com a nossa capacidade de crescer e dar aos cidadãos e às empresas renovadas condições de mobilidade e competitividade", argumenta o candidato.

"Na mesma linha de raciocínio", cita o partido o seu cabeça-de-lista Miguel Castro, que explica que as propostas do Chega para estas áreas, observando: "No que toca à ligação marítima de carga e passageiros, é evidente que a saída do operador é fruto das influências e das pressões políticas exercidas sobre o governo por um conhecido grupo económico, que se sentiu deveras incomodado com a concorrência que lhe estava a ser feita, especialmente no que toca ao transporte de carga. Porque não quis abdicar das condições de monopólio que previamente tinha, esse grupo usou os meios aos seus alcances para forçar a saída do operador, contacto, para tal, com a conivência covarde do governo regional, que nada fez para defender o interesse público e o bem comum."

Assim, "determinado a contrariar esta forma de fazer política", Miguel Castro assume que, "caso seja eleito para o parlamento regional", o seu partido "tudo fará para restabelecer a ligação perdida", assume. E diz: "Porque não estamos condicionados por quaisquer interesses económicos ou grupo de negócios, tudo faremos para recuperar a ligação de passageiros e de carga, defendendo a causa pública e não os interesses dos amigos do regime. Não temos qualquer problema em assumir esse compromisso e não descansaremos enquanto o desejo dos madeirenses e portosantenses não prevalecer sobre as redes de amiguismo e compadrio que, há décadas, andam a trair os cidadãos."

Por fim, no capítulo das ligações aéreas, o líder o Chega-Madeira revela "outro dos objectivos do partido, acusando o PSD de falta de capacidade política para resolver uma questão que, há muito, deveria estar ultrapassada", diz a nota. "O actual governo tem falhado porque a única estratégia que tem tido é a de culpar o governo da República e a TAP pelos preços pornográficos que são praticados nas ligações aéreas. Com isso, o PSD tenta disfarçar a sua enorme falta de capacidade política e de inteligência estratégica para ajudar os madeirenses a beneficiar de condições mais favoráveis e preços mais justos. Pelo contrário, o Chega tudo fará para garantir um sistema pelo qual os cidadãos da Madeira e do Porto Santo paguem apenas os valores fixos das passagens, sem ter que suportar a verba correspondente ao Estado. Só assim conseguiremos assegurar que a condição de insularidade não se torna num profundo fosso que nos separa do resto do país e do mundo, que é exactamente o que se está a passar neste momento", garante Miguel Castro.