Desalojados dos incêndios no Havai vão ficar em hotéis durante próximos meses
Os habitantes desalojados pelos incêndios florestais na ilha de Maui, que já causaram pelo menos 110 mortos, estão a encher os hotéis do Havai, onde podem permanecer pelo menos até à próxima primavera.
As autoridades do arquipélago do Havai esperam esvaziar os abrigos lotados e desconfortáveis até ao início da próxima semana e transferir as pessoas para quartos de hotel, frisou na quinta-feira o vice-presidente de operações de desastres da Cruz Vermelha norte-americana.
Os hotéis estão também disponíveis para receber desalojados que passaram os últimos oito dias a dormir em carros ou a acampar em estacionamentos, acrescentou Brad Kieserman.
"Poderemos manter as pessoas em hotéis pelo tempo que for necessário até encontrarmos casa para elas", destacou Kieserman, durante uma conferência de imprensa.
Os contratos com os hotéis durarão pelo menos sete meses, mas podem ser facilmente estendidos, garantiu ainda, acrescentando que as propriedades terão a colaboração de prestadores de serviços que oferecerão refeições, aconselhamento, assistência financeira e outros apoios.
O governador do Havai, Josh Green, tinha destacado que pelo menos mil quartos de hotel serão reservados para aqueles que perderam as suas casas.
Além disso, a agência sem fins lucrativos da plataforma AirBnB fornecerá propriedades para mil pessoas, adiantou a empresa.
O número de mortos nos incêndios florestais no Havai, os mais mortíferos em mais de um século nos Estados Unidos, subiu na quarta-feira para 110, de acordo com os mais recentes dados.
As equipas de resgate, compostas por socorristas e cães farejadores, ainda só terminaram as operações de busca de corpos em cerca de 38% da área afetada em Lahaina, a capital histórica da ilha de Maui, tinha referido o governador do Havai.
As autoridades do Havai têm vindo a apelar a que os familiares dos desaparecidos façam um teste de ADN para ajudar a identificar os corpos. Apenas cinco dos 110 mortos já foram identificados.
As equipas mobilizadas incluem especialistas que trabalharam nos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, em acidentes de avião ou em incêndios florestais nos Estados Unidos.
Josh Green disse também que cerca de duas mil residências e empresas permanecem sem eletricidade em Maui e prometeu que essas pessoas iriam receber apoio das autoridades se fosse necessário.