ONU lamenta morte de 62 trabalhadores humanitários desde o início do ano
A Organização das Nações Unidas (ONU) revelou hoje que morreram 62 trabalhadores humanitários desde o início do ano, antes de assinalar o 20.º aniversário do atentado contra a sua sede, em Bagdade, que matou 22 pessoas.
A ONU confirmou ainda 84 feridos e 34 pessoas sequestradas, de acordo com o banco de dados de segurança dos trabalhadores humanitários compilado pela consultora britânica Humanitarian Outcomes.
O Sudão do Sul registou 40 ataques contra trabalhadores humanitários e 22 mortes desde janeiro até 10 de agosto, o número mais elevado entre todos os países do mundo, seguindo-se o Sudão, com 17 ataques e 19 mortes, detalhou a agência das Nações Unidas para Assuntos Humanitários.
A República Centro-Africana, o Mali, a Somália, a Ucrânia e o Iémen são outros países onde morreram trabalhadores humanitários.
Em 2022, foram mortos 116 trabalhadores humanitários.
A ONU divulgou estes dados quando se prepara para assinalar o Dia Mundial da Humanidade no sábado, 20 anos depois de um atentado suicida na capital do Iraque que matou 22 pessoas, incluindo o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, representante oficial do então secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, e feriu cerca de 150 trabalhadores humanitários locais e estrangeiros.
O responsável da ONU para os Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, vincou que, em cada ano, morrem quase seis vezes mais trabalhadores humanitários em comparação com aqueles que morreram no atentado de 19 de agosto de 2023.
A ONU adianta também que está a trabalhar para ajudar cerca de 250 milhões de pessoas, dez vezes mais do que em 2003.