Só CDS e JPP devem manter as mesmas caras no parlamento
Depois das eleições legislativas de 24 de Setembro próximo, o desenho do parlamento regional ficará, obrigatoriamente, diferente, mas as alterações de deputados em relação ao elenco actual da Assembleia Legislativa da Madeira pode não ser tão radical como já aconteceu em legislaturas anteriores. Dois partidos, CDS e JPP, devem manter os parlamentares, podendo acrescentar alguns novos.
Com a apresentação das listas dos vários partidos, ficaram mais claras as alterações que poderão ocorrer nos vários grupos parlamentares.
Desde logo, são sete os actuais deputados que não integram as listas: Bernardo Caldeira e Gualberto Fernandes, ambos do PSD e Beto Mendes, Elisa Seixas, Jaime Leandro, Élvio Jesus e Tânia Freitas, os cinco do PS.
Mas integrar as listas não é garantia de regresso ao parlamento, pelo menos para mais uma dezena de deputados.
Na lista do PSD, Conceição Pereira (26ª), Higino Teles (27º), Nuno Maciel (28º), Rafael Carvalho (29º) e Guido Gonçalves (32º), estão em lugares em que a eleição directa obrigará a que a coligação ‘Somos Madeira’ tenha um resultado muito mais folgado do que há quatro anos conseguiram os dois partidos (24 deputados). Mesmo assim, se a última sondagem da Aximage para o Diário e TSF-Madeira se confirmar, PSD e CDS poderão eleger 31 deputados, o que garante a eleição de praticamente todos.
Na bancada do PS a situação é mais complexa. Além dos quatro deputados que não são candidatos, há mais alguns em posições de eleição difícil.
Se o PS repetir o resultado de 2019, quando elegeu 19 deputados, Sofia Canha (18ª), Marina Barbosa (17ª) e Carlos Coelho (16º) terão entrada directa no plenário, mas o mesmo já não acontecerá com Pedro Calaça (21º).
No entanto, tendo por base novamente as sondagens realizadas este ano, o PS poderá ter um resultado pior do que há quatro anos e eleger entre 7 e 10 deputados.
Se esta quebra se confirmar, o número de deputados que poderão ter o lugar em risco aumenta: Alberto Olim (12º), Miguel Brito (13º), Mafalda Gonçalves (14ª), Jacinto Serrão (9º) e até Olga Fernandes (8ª). A linha de ‘segurança’ estará no lugar de Victor Freitas (7º).
Nos outros partidos a incerteza é muito menor. Desde logo no JPP que reconduz os três deputados actuais, Élvio Sousa, Paulo Alves e Rafael Nunes e tem boas hipóteses de aumentar o grupo parlamentar.
No CDS, a eleição e três deputados parece estar garantida com a 23ª posição de António Lopes da Fonseca. José Manuel Rodrigues é 15º e tem o lugar no parlamento praticamente certo. Ana Cristina Monteiro é 47ª na lista do CDS mas, se a coligação ganhar as eleições, Rui Barreto (2º), Gonçalo Pimenta (31º) e Luís Miguel Rosa (37º) devem voltar aos seus lugares no governo, pelo que a deputada entrará em substituição.
Ricardo Lume foi a cara do PCP no parlamento e, se o partido voltar a eleger deputados, deverá ocupar o lugar no plenário, pelo menos na rotatividade anunciada pelo cabeça-de-lista, Edgar Silva.