A GNR no Porto Santo

Há mais de um ano que diariamente se repete a operação “stop” da GNR à saída do Lobo Marinho em Porto Santo. O povo mais fiscalizado em Portugal, tão raro é encontrarmos fiscalização em qualquer outra parte do país. Mesmo na Europa. Os portugueses circulam por todo o Continente, de verão e inverno, sem qualquer fiscalização. Aqui, para madeirenses de férias e porto-santenses de regresso a casa, embarcar para Porto Santo é sinónimo de passar pelo crivo da GNR logo à chegada. De manhã e à noite. Nem chegar de navio a Canárias ou Portimão, nos bons tempos, implicava vislumbrar qualquer intenção policial de perturbar. Eram todos bem-vindos. No Porto Santo a GNR encarrega-se de “mostrar os dentes” a quem tem a alegria de desembarcar na Ilha Dourada. Até são viaturas transportando famílias completas, com crianças que se impressionam com tanto aparato policial, quando mandadas parar. Obviamente que é o resultado de agentes em demasia, que querem justificar a sua função. Para serem considerados necessários têm de ter actividade justificativa. Ainda que inútil. Senão é o regresso a casa no Continente. A “bandidagem” não está de férias em Porto Santo. Todos sabem onde ela anda, menos as autoridades. A GNR devia publicar, com transparência, o resultado da sua fiscalização no Porto Santo em 2022. Ou pelo menos, um qualquer deputado, o devia exigir. Mas dá muito trabalho. É por essas e por outras que as eleições já estão decididas. Anda tudo de férias!

AMS