Porto Santo mandado parar
Colocar um batalhão de guardas a salivar à saída do porto de abrigo e descurar com desplante o aeroporto é caso de polícia
Boa noite!
O que se passa com a gestão das forças policiais no Porto Santo é um escândalo de dimensão internacional e sem paralelo no panorama nacional.
Vários passageiros que chegaram esta manhã ao Aeroporto do Porto Santo, provenientes de Gatwick, em Londres, mostraram-se revoltados com o tempo de espera para o controlo de passaportes. A seca durou quase duas horas. Há poucos recursos nas fronteiras. E a malta que anda a disseminar o discurso de ódio bate palmas.
Na sexta-feira muitos turistas e porto-santenses levaram duas horas para chegar a casa depois do desembarque no ‘Lobo Marinho’. Tudo por causa da operação stop diária abusiva levada a cabo pela GNR à saída do porto Porto Santo, entidade que lhe tomou o gosto, sem dar explicações, muito menos ao fim-de-semana. E a malta da tribo sem rosto agacha-se à autoridade sem refilar.
Por muita que vos custe, quem manda nas diversas polícias de serviço no Porto Santo tem que ser posto a andar. Isto de colocar um batalhão a salivar à saída do porto de abrigo e descurar com desplante o aeroporto é no mínimo caso para chamar o Ministro da Administração Interna à pedra.
Quase todos os dias há entidades policiais sem competências para tal a tratar quem chega ao Porto Santo como reles criminoso e suspeito a identificar ou então a meter o nariz onde não são chamadas só porque querem mostrar serviço e revelar aptidões no saque fiscal. Esta gente acha que por natureza quem vai de férias quer chatices ou que quem presta serviços é delinquente?
Se quem manda quer entrar no quadro de honra tenha então bom senso, não ridicularize quem cumpre ordens, tenha à mão um terminal multibanco ou faça como aqueles que em terra e no mar operam com eficácia sem dar nas vistas, nem empatar a vida dos cidadãos, tanto na segurança pública, como no combate ao tráfico de drogas.
Se alguém ressabiado, corrido de um outro qualquer posto de comando territorial, quer impor de propósito a lentidão ou moleza como bandeira da ilha apenas está a comprar brigas desnecessárias e a reavivar um profundo confronto com quem dinamiza toda a vida colectiva do Porto Santo.
Se quem faz todo este espectáculo inusitado e revoltante está devidamente protegido pela lei é o que falta apurar na plenitude, já que, pelos excessos, comprovadamente descura de forma ostensiva os bons e brandos costumes.