Os palhaços do futebol
A seleção nacional é exemplo único, de prestígio e respeito, no futebol português porque nada tem a ver com os dirigentes dos clubes portugueses. Estes não metem a “colher” na equipa de todos nós e esta fica, automaticamente, isenta da pouca vergonha que são os nossos clubes. Por sua vez, a quase totalidade dos nossos jogadores da seleção estão em prestigiados clubes europeus onde tudo é de máximo profissionalismo. O treinador nacional finalmente é estrangeiro. Assim, a seleção é um oásis de civilização desportiva, em total contraste com os clubes da nossa miserável Liga. O que se passou com Sérgio Conceição é o cúmulo do inaceitável. Na frente de todos os portugueses atentos ao futebol, o homenzinho recusou-se a aceitar a expulsão determinada pelo árbitro. Num jogo onde não devia estar pois tem castigo por cumprir. Estes abutres destroem o futebol porque julgam-no seu. Protegidos pela cegueira dos respectivos adeptos. Tem a palavra o presidente da Federação Fernando Gomes, que a tudo assistiu ladeado pelos ignóbeis Pinto da Costa e Rui Costa. Porquê obrigá-los a estarem tão perto ? Só pode ser prova de estupidez. Gente incompatibilizada não se senta tão perto. Recusa esses convites envenenados. São todos fracos, mesmos os que fortes parecem. Sujam-se na mesma lama. Nem Marcelo, que tagarela sobre tudo, se opõe a esta miséria colectiva, da qual faz parte. Basta-lhe uma “selfie” com a seleção. O resto é futebol. Deixa andar.
Miguel Sousa