Albuquerque pede uma "maioria para governar" porque "não é tempo para aventuras"
"É preciso uma maioria para governar" porque este "não é tempo para aventuras". Foi assim que Miguel Albuquerque terminou o seu discurso, esta noite, no Porto Santo, no comício que marcou a 'rentrée' política social-democrata e que volta ser realizado, depois de dois anos de paragem devido à pandemia de Covid-19.
Albuquerque falou depois de Roberto Silva, presidente da comissão política concelhia e de Nuno Batista, presidente da Câmara Municipal do Porto Santo e aproveitou para deixar dois compromissos. "Se ganhar as eleições" a 24 de Setembro, o Governo Regional vai completar o segundo campo de golfe do Porto Santo - construir mais nove buracos - e avançar com o projecto da marina internacional que, promete, será uma "referência na Europa".
O líder do PSD elogiou o trabalho de Bernardo Caldeira, o deputado do Porto Santo que cessa funções e apresentou Carla Rosado, a candidata que integra a lista de coligação 'Somos Madeira', na 19ª posição. Coligação PSD/CDS que só foi referida no final do discurso, quando fez um apelo directo ao voto nas eleições de 24 de Setembro.
Tal como fez no comício da Herdade do Chão da Lagoa, Albuquerque lembrou as dificuldades do mandato governativo, marcado pela pandemia de Covid-19 e pela guerra na Ucrânia e destacou as "medidas corajosas" que permitiram que a Madeira, já em 2021, tivesse a economia a crescer e, agora, seja "uma das regiões da Europa com maior crescimento".
Lembrou todo o trabalho de diálogo com trabalhadores, de diversos sectores, sobretudo professores e enfermeiros, todos os apoios sociais que foram reforçados e a continuada redução de impostos e da dívida pública.
"O nosso adversário é o socialismo provinciano que é contra o investimento, que provoca o empobrecimento. Um socialismo que se gerisse um deserto começávamos a importar areia", afirmou, numa parte do discurso dedicada aos adversários políticos.
"Este PS não mudou, há muitos anos que esta gente tem o complexo de se autónomo e livre e teme veneração provinciana de tudo o que vem de fora", acusou.
Mas não foram apenas os socialistas os alvos, além dos "comunistas" que suportaram a 'geringonça', dirigiu-se à extrema-direita e ao Chega, partido que nunca nomeou.
"A extrema-direita, na Europa, é contra as autonomias. Vejam o Vox que quer extinguir as autonomias em Espanha, vejam a Frente Nacional, em França que quer extinguir a autonomia da Córsega. Era o que faltava votar em quem quer extinguir as autonomias da Madeira e dos Açores", afirmou.
Voltando às promessas para o próximo mandato, lembrou "as 600 casas em construção" para arrendamento acessível e que, em 2026, "serão 800". Terminou apelando ao voto no dia 24 de Setembro na coligação 'Somos Madeira' e, ao partido, para ouvir a população.