"Não há necessidade de massacrar com fiscalizações que não têm muito sentido"
Presidente do Governo Regional reagiu à operação Stop da GNR que gerou revolta no Porto Santo
"Eu raramente critico as acções das autoridades policiais, mas temos que ter muito cuidado, porque depois vira-se contra a própria instituição. As pessoas estão em férias querem apanhar o barco, não há nenhuma necessidade de andar a massacrar com fiscalizações que não têm muito sentido".
Foi desta forma que Miguel Albuquerque começou por reagir, interpelado pelo DIÁRIO, à operação Stop da GNR, que ontem gerou revolta no Porto Santo.
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Há mais relatos de pessoas indignadas com a Operação Stop realizada, ontem à noite, pela Guarda Nacional Republicana (GNR), no Porto Santo, aquando da chegada do navio ‘Lobo Marinho’, que provocou constrangimentos na saída das viaturas do porto de abrigo, numa hora de grande movimento.
Acho que todas as instituições se devem sempre pautar por um princípio que é o da proporcionalidade. Aquela é uma situação de desproporcionalidade, não tem nenhum sentido. Sou sempre a favor da lei e da ordem, agora é preciso ser razoável, fazer fiscalizações, mas não é quando as pessoas vão apanhar o barco. Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional
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O presidente do Governo Regional alerta para situações indesejáveis, com sobreposição das próprias forças policiais, originando "operações stop com a PSP e com a GNR em espaço de metros".
"Têm de se coordenar, fazer as acções de fiscalização, mas não de forma desproporcionada", apelou Miguel Albuquerque, em declarações proferidas à margem da visita que realizou hoje à Festa Luso-Venezuelana na Ribeira Brava.
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