Pai e avô
Nesse Dia dos Pais que está aí, quero inverter a ordem das coisas e homenagear a minha filharada. Quero agradecer-lhes, as minhas filhas, nesse dia e em todos os outros, pelo privilégio e pela honra que Deus me deu de ser o pai de vocês. E agradecer a sua mãe, também, por ter me dado vocês, nosso maior tesouro. Quero dizer-lhes que eu só tive a exata noção do que é ser um ser humano completo e feliz depois que vocês chegaram. Que os filhos dão um objetivo maior à vida da gente, que depois que eles chegam, a gente tem uma razão maior para viver. Que muito do que aprendi na minha trajetória por este mundo de Deus, até aqui, foram vocês que me ensinaram. Não trocaria o orgulho de ser pai de vocês por absolutamente nada neste mundo.
E mais, quero agradecer, também, por possibilitarem que eu seja avô. Rio, caudaloso e cheio de vida, está aí, já com quatro anos, e Ian está a caminho, chega em outubro. São presentes imensos, incomensuráveis, que só os filhos podem nos dar. Gratidão. É a vida nos brindando com mais vida.
Netos são a continuação dos nossos filhos, são grandes doses de felicidade voltando pra gente.
Filhos são sempre crianças, não importa a idade que tenham. E nossa casa parece insistir em me lembrar que está faltando alguém.
Mas aí eu penso que é assim mesmo, que pais são aqueles seres que ficam aumentando a casa até que, quando ela está pronta, do tamanho ideal – grande demais -, os filhos começam a sair do ninho para terem as suas próprias casas.
É a ordem natural das coisas.
Mas aí nós mudamos tudo e fizemos o quê? Viemos de mala e cuia para ficar mais perto dos filhos e dos netos. Daniela, mãe do Rio e futuramente do Ian, mora em Lisboa e Fernanda mora em Fayense, na Provence, sul da França. Então estamos morando em Portugal, para ficar pertinho do neto Rio e da mãe dele, Daniela.
E também mais perto de Fernanda, pois podemos ir visitá-la e ela pode visitar-nos.
Então o meu beijo e o meu abraço a vocês, sempre, pois vocês são o maior presente que eu poderia desejar. E me sinto abraçado, beijado, amado, por vocês, a minha filharada, e agora, graças a Deus, pelo neto – em breve essa palavrinha mágica será no plural - mesmo que sejam beijos melados, lambuzados, molhados, alguns deles, dos quais gosto tanto quando dos outros, iguais àqueles de quando vocês, nossas meninas eram pequeninas. E faço uma releitura deles, desde a mais remota infância de vocês até recentemente, quando o neto Rio chegou, para tornar-nos mais felizes. E seremos mais felizes ainda com a chegada de Ian.
Que bom, minhas filhas, ser pai de vocês e, consequentemente, ser avô do Rio, do Ian e quem sabe de quantos outros netos? Não trocaria esse privilégio por nada, nunca.
Luiz Carlos Amorim