Albuquerque não vai "ceder a chantagistas" após ciberataque ao SESARAM
Presidente do Governo Regional não perdeu a oportunidade para criticar o aproveitamento de alguns partidos da oposição
Miguel Albuquerque não revela qual a quantia exigida pelos 'hackers' que atacaram o sistema informático do SESARAM, mas sublinha que não irá "ceder a chantagistas" em alusão ao pedido de resgate que é prática habitual neste género de situações.
A margem da visita à 31.ª edição da Festa do Peixe-Espada-Preto, em Câmara de Lobos, o presidente do Governo Regional escudou-se no facto do caso estar entregue à Polícia Judiciária.
Nós não temos qualquer condição, mesmo até do ponto de vista político, ético e moral de estar a ceder a chantagistas, portanto, o que vamos agora é tentar recuperar todo o sistema, pôr o sistema a funcionar do ponto de vista técnico. Agora, quero dizer que do ponto de vista do profissionalismo dos nossos médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos foi extraordinário. Toda a gente se mobilizou e, neste momento, estão a fazer um esforço, por demais evidente, no sentido de garantir a normalidade no serviço. Miguel Albuquerque
"Essa matéria, que é matéria de índole criminal, está toda entregue às instâncias competentes. Como vocês sabem as autoridades, designadamente a Polícia Judiciária, tem neste momento uma brigada especializada nesta área no sentido de detectar e punir estes criminosas. Isto, de facto, é uma coisa ignóbil. Andam a brincar com a saúde das pessoas", criticou ainda o líder do executivo madeirense.
O ciberataque é preciso nós termos a noção que é um acto de uma organização criminosa e um acto ignóbil, um acto criminoso ignóbil, e que causou graves danos não ao SESARAM em si, mas aos utentes e à saúde pública. Uma estrutura como o SESARAM tem um sistema de cibersegurança, mas não é dos mais sofisticados. Só agora é que vamos começar a investir cerca de 15 milhões de euros. Tínhamos investido cerca de 5 milhões de euros e essa é uma situação muito complicada. Miguel Albuquerque
Miguel Albuquerque que não perdeu a oportunidade para criticar a postura de alguns partidos da oposição. "Lamento, devido à indigência política intelectual e, sobretudo, ética desta oposição que tenham aproveitado uma circunstância destas, a que o SESARAM e as instâncias políticas são completamente alheias, para tentar surfar uma onda de descontentamento político com uma situação destas. Toda a gente com o mínimo de inteligência percebe que as instituições nos estados democráticos estão sujeitas. Uma última foi a Vodafone e a Vodafone tem um sistema muito mais sofisticado e mais complexo de protecção do que nós".