PS exige garantias para trabalhadores e utentes do Lar da Bela Vista
O PS quer que o Governo Regional dê garantias aos trabalhadores e aos utentes do Lar da Bela Vista, "num momento de instabilidade significativa gerada pelo recém-iniciado processo de concessão a privados deste equipamento social público, que já provocou uma debandada de funcionários".
Reagindo através de comunicado à notícia divulgada hoje pelo JM, dando conta de que a concessão do Lar da Bela Vista à Associação Atalaia Living Care fez com que 58,2% dos funcionários da instituição requeressem passagem para outros serviços da Segurança Social da Madeira, o presidente do PS-M, Sérgio Gonçalves, classificou as recentes declarações de Rita Andrade como “retórica de recurso, visando escamotear o sentimento de insegurança e os legítimos receios dos funcionários e utentes desta infraestrutura de apoio à população idosa com níveis de dependência elevados”.
Considera “inadmissível que a secretária Regional da Inclusão Social e Cidadania lave as mãos e venha a público falar em surpresa perante o pedido de mobilidade de 103 funcionários do Lar da Bela Vista, depois de ter optado por ignorar sucessivos e atempados alertas do PS sobre a necessidade de acautelar vínculos e condições laborais dos trabalhadores da instituição no processo de passagem de gestão ao sector privado”.
É perfeitamente compreensível e previsível que os funcionários de um lar público se sintam inseguros diante de uma mudança desta natureza e prefiram uma mobilidade de serviço, até porque nos dias de hoje, para que um trabalhador troque um lugar mais seguro no setor público por outro no privado, ainda que social, é preciso que haja garantias de melhor salário e de desenvolvimento profissional. Sérgio Gonçalves, presidente do PS-M
“Ora, perante estes números, só podemos concluir que estas garantias não existem ou não convencem os trabalhadores, pelo que não há espaço para prosseguir com uma narrativa segundo a qual, no sector social de cuidados e apoio à população mais fragilizada na RAM, está tudo controlado”, adianta.
Para o cabeça-de-lista socialista às Regionais, é preciso não só fiscalizar a transparência deste primeiro processo na RAM de concessão de um lar público a privados, mas também “salvaguardar integralmente os direitos e garantias de utentes e funcionários desta unidade”.
Lembrando que na lista de processos de concessões estão ainda cinco outros lares geridos pela Segurança Social, Sérgio Gonçalves admite manter reservas e dúvidas quanto à decisão do Governo Regional de proceder à passagem da gestão de uma área do social tão sensível.
O PS-M quis ouvir, em fevereiro passado, Rita Andrade a respeito das reais motivações, impactos e benefícios desta decisão da tutela (...) o pedido socialista para audição parlamentar da secretária da Inclusão foi recusado. Continuamos apreensivos e solidários com os utentes e com trabalhadores afectos a estes equipamentos sociais. Sérgio Gonçalves, presidente do PS-M