Madeira

Há 33 anos acabava-se com a "balbúrdia" nas ruas do Mercado

Governo Regional e Câmara Municipal do Funchal decidia transferir para o Centro de Normalização do Funchal, em São Martinho, a recolha dos produtos hortícolas

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A 10 de Agosto de 1990 o Diário de Notícias da Madeira noticiava que o negócio de frutas e legumes nas ruas circundantes ao Mercados dos Lavradores, na cidade do Funchal, tinha os "dias contados".

Redigida pelo jornalista António Jorge Pinto, a notícia, - com chamada à primeira página -, dava conta que o Governo Regional e a Câmara Municipal do Funchal tinham "tudo projectado para dentro de pouco tempo acabar com o negócio a retalho nas ruas que circundam o Mercado dos Lavradores".

"A balbúrdia da descarga todas as quintas-feiras e o negócio à roda da pedra não deverão chegar ao Natal", pode ler-se no destaque da 'capa' do matutino madeirense, à data dirigido por Jorge Figueira da Silva. 

Em causa estava a criação do Mercado Abastecedor do Funchal. Entretanto, os produtos hortícolas passariam para o Centro de Normalização do Funchal, em São Martinho, para devido tratamento e embalagem para, só depois, seguir para a comercializados dentro do Mercado dos Lavradores.

O valor da construção do Mercado Abastecedor do Funchal, infra-estrutura com área de verificação, centro de calibragem e verificação, zona de pesagem, café-bar, serviços administrativos e parque de estacionamento, era de "290 mil contos, incluindo equipamento técnico".