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O Futebol Feminino

Após a estreia de Portugal no Campeonato do Mundo de Futebol, deparamo-nos com o crescimento qualitativo e quantitativo da modalidade na vertente feminina, sobretudo na última década. Segundo os dados da FPF, o número de praticantes federadas cresceu, progressivamente, dos cinco até aos treze mil entre 2010 e 2022.

O investimento considerável e a alavancagem de medidas de várias entidades internacionais e nacionais têm sido determinantes para a expansão. No que toca à FPF, tem criado e disponibilizado recursos às seleções e clubes, e, na ótica desta vertente, adquirir maior importância nas organizações desportivas portuguesas, isto porque, por exemplo, a partir de 2024/2025, todos os cubes participantes na primeira liga têm a obrigação de possuir um campo de relva natural. Para o efeito, são disponibilizados 300 mil euros para a época desportiva seguinte. Os apoios monetários da FPF também surgem na segunda divisão, no montante de 150 mil euros.

As competições nacionais têm crescido exponencialmente, nas quais 41% organizadas pela FPF, são femininas. As transmissões televisivas são preponderantes e presenças assíduas nos canais desportivos, facilitando o entrosamento social com a modalidade. Este padrão representa um crescente número de pessoas envolvidas nas emissões das partidas, bem como os variados tipos de consumidores, promovendo a comercialização.

Através de um financiamento robusto, a FIFA, a UEFA e diversos países europeus têm aprimorado as suas competições profissionais para um patamar competitivo cada vez mais elevado, o que, naturalmente, contribui diretamente para a qualidade das respetivas seleções nacionais. Em Portugal, há cada vez mais clubes preocupados com as questões salariais, isto é, com os contratos profissionais, propiciando, assim, às jogadoras mais recursos e tornando-as mais aptas para serem ainda mais competitivas. A existência de jogadoras profissionais no primeiro e segundo escalões, propicia maior suporte às seleções nacionais e escalões de formação.

Sobre os dirigentes desportivos, há que salientar que bastantes têm a oportunidade de relacionar-se com estruturas profissionalizadas de clubes, que são dotados de uma formação própria para o exercício das funções. A formação destes indivíduos visa proporcionar oportunidades de contacto com os clubes e equipas femininas, contribuindo para o crescimento de novos projetos desportivos em Portugal. A equidade é igualmente decisiva para reter e fidelizar mais praticantes, por exemplo, no que diz respeito às questões salariais, financiamentos sublimes, criação de equipas, disponibilização de locais de treino e competição, entre outras ações.

Por fim, é de considerar o crescimento interno progressivo e sustentado, de modo a expandir-se externamente. As ações visam promover participações desportivas em competições internacionais de forma assídua, padronizada, consistente e meritória, tal como já acontece na vertente masculina, quiçá conquistar títulos, a longo prazo.