Ilhas Maurícias são primeiro país africano a aplicar todas as medidas antitabágicas da OMS
As ilhas Maurícias tornaram-se o primeiro país africano a aplicar integralmente o pacote completo de medidas de controlo antitabágico da OMS, para reduzir o consumo de tabaco e as mortes relacionadas, segundo um relatório divulgado onte, pela agência da ONU.
"Com um forte empenho político, fizemos grandes progressos nas políticas de controlo do tabaco nas Maurícias. O nosso país (...) está a avançar resolutamente para se tornar um país sem fumo", afirmou o primeiro-ministro da nação insular, Pravind Kumar Jugnauth, citado numa declaração da OMS.
O pacote de medidas antitabágicas da OMS totaliza seis medidas destinadas a ajudar os países a monitorizar o consumo de tabaco, a adotar medidas de proteção contra o fumo do tabaco e a ajudar as pessoas a deixar de fumar ou a alertar para os seus perigos, a fim de reduzir a procura.
Ao aplicar as medidas, as Maurícias aprovaram regulamentos fundamentais contra o tabaco e outros produtos de nicotina e proibiu o fabrico, a importação, a distribuição e a venda de cigarros eletrónicos, entre outros.
As Maurícias juntam-se ao Brasil, à Turquia e aos Países Baixos na aplicação integral de todo o pacote de medidas de controlo do tabaco.
"Aplaudo este progresso verdadeiramente notável da República de Maurícia para proteger vidas dos efeitos perigosos do tabaco (...) A epidemia do tabaco contribui significativamente para o peso crescente das doenças não transmissíveis em África", afirmou a diretora regional da OMS para África, Matshidiso Moeti, instando outros países africanos a aplicar as medidas.
As Maurícias registaram um declínio de 25% na prevalência do tabagismo nos adultos entre 1992 e 2021, de acordo com um inquérito nacional citado pela OMS.
Prevê-se que a região africana tenha mais de 50 milhões de fumadores até 2025 se não forem tomadas medidas antitabágicas.