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A praia e a polémica

Não fiquei surpreendido. Quando se realiza alguma coisa nunca podemos contar com unanimidade. Aprovação geral só têm os que nada fazem. Mas não é com essas poupanças individuais à avaliação popular, mais ou menos injusta, que os locais, regiões ou países se desenvolvem. É graças aos que ousam, não receiam o escrutínio, que o mundo anda e o progresso acontece.

O sector público não tem o exclusivo do investimento. Falo do privado quando se substitui àquele proporcionando à população infraestruturas de qualidade que passam a ficar ao seu dispor.

Fiquei curioso com a polémica que desabou sobre o promotor privado que ousou. Ousou investir num terreno que comprou e ousou partilhar com as entidades públicas, fazendo em seu lugar e oferecendo aos cidadãos o que, afinal, sempre quiseram ter e até aqui não esteve ao seu alcance.

Oferecer 15.000 m2 à autarquia para jardins e alargamento de estradas permitindo o acesso à praia, com entradas de um lado e do outro do terreno em questão, assumindo os promotores a construção de uma promenade, já concluída junto ao mar, com um jardim público logo atrás, e de um estacionamento coberto, com mais de 200 lugares para uso público, é gesto pouco comum e digno de registo e realce.

O Grupo Pestana promover o seu investimento na Região é já, por si só, motivo de regozijo. Mas junta um bonito exemplo. Porque contribui para o bem-estar da população que usa regularmente aquela zona de lazer, fazendo praia e outras actividades, como os passeios na promenade. Que conta agora com 5 km ininterruptos, do Funchal até Câmara de Lobos. Tem lugares de destino, começando de um lado ou de outro. Esta sim, tem princípio e fim.

PS: No texto anterior a palavra “prenúncio” saiu com erro. Lamento.