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Polícia de Paris proíbe manifestação em memória de homem que morreu depois de ser detido

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Foto EPA

A polícia de Paris proibiu uma manifestação convocada para hoje em memória de um homem que morreu na sequência de uma detenção policial em 2016, por recear que pudesse desencadear novos distúrbios.

A convocatória para a marcha em Paris aconteceu depois de as autoridades terem proibido uma concentração semelhante, também convocada para hoje em Persan, localidade na periferia norte da capital francesa.

A proibição inicial por parte do município de Val-d'Oise foi seguida de um recurso judicial, mas o tribunal manteve a proibição, divulgada na sexta-feira à noite, por recear novos distúrbios depois da morte do jovem de 17 anos.

Na sequência da decisão do tribunal, o município apelou, num comunicado, aos organizadores que "respeitassem a decisão" e não se reunissem no local previsto.

As iniciativas pretendiam exigir justiça para Adama Traoré, que morreu em 19 de julho de 2016 na sequência de uma detenção policial em Persan.

A família de Adama Traoré convoca manifestações regularmente para protestar contra o que considera ser uma morte resultante da violência policial contra as minorias e para pedir que se esclareça a verdade.

Face à recente vaga de distúrbios que afetaram as principais cidades francesas entre 27 de junho e 02 de julho, a polícia de Paris proibiu também a manifestação na capital, convocada para as 12:00 (11:00 em Lisboa) na Praça da República, local simbólico de manifestações.

O partido de esquerda França Insubmissa convocou para hoje várias manifestações de "luto e raiva" pela violência policial em várias cidades, como Marselha e Estrasburgo, mas não em Paris.