Greve dos médicos elevada e com serviços mínimos assegurados
Sindicato não convocou greve para a Madeira, advogando que houve acordo entre todos os sindicatos e o Governo Regional
A presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), Joana Bordalo e Sá, disse hoje, no Porto, que a greve dos médicos de dois dias, que teve início às 00:00, por melhores salários, está a ter uma adesão elevada.
"Espera-se que a adesão seja elevada, quer nos centros de saúde, quer nos hospitais, nas cirurgias e nas consultas externas. No entanto os Serviços mínimos vão ser rigorosamente cumpridos", referiu à agência Lusa, adiantando que ainda é cedo para ter números da adesão.
"Tivemos entre a meia-noite e as 08:00 da manhã basicamente a assegurar serviços mínimos, nos Serviços de Urgência, mas espera-se que a adesão seja elevada, seja nos centros de saúde, seja nos hospitais, seja a todo o nível", declarou à Lusa, acrescentando que os médicos estão revoltados e "querem seriedade em todo este processo", acrescentou a sindicalista.
Hoje pelas 09:15 estavam concentradas mais de 100 médicos à frente do Hospital de São João, no Porto, com frases inscritas em cartazes onde se lia por exemplo: "Na defesa da carreira médica é preciso salvar o SNS. É preciso cuidar de quem cuida."
Os médicos também gritaram frases como: "O povo merece o SNS", "Costa escuta, os médicos estão em luta", "A saúde é um direito, sem ela nada feito", "35 horas para todos sem demoras" ou "Médico motivado, SNS Assegurado".
Os médicos iniciaram às 00:00 de hoje dois dias de greve, convocada pela Federação Nacional dos Médicos, para exigir "salários dignos, horários justos e condições de trabalho capazes de garantir um SNS à altura das necessidades" da população.
Apesar de as duas últimas reuniões negociais com o Ministério da Saúde estarem agendadas para os dias 07 e 11 de julho, a Federação Nacional dos Médicos decidiu manter a paralisação, que se estende até às 24:00 de quinta-feira, face "ao adiar constante das soluções" e "à proposta insatisfatória" que recebeu da tutela, não excluindo uma nova greve nacional na primeira semana de agosto.